A CP fechou 2004 com um prejuízo operacional de 170 milhões de euros, o que representa um ligeiro agravamento (inferior a dois milhões de euros) face a 2003, segundo dados avançados hoje pelo presidente da operadora, no 6º Congresso Ferroviário que começou hoje e termina quarta-feira.

No mesmo exercício, o EBITDA (cash-flow operacional), foi de 73 milhões de euros negativos. António Ramalho salientou o peso do serviço de transporte regional e interurbano no défice operacional da empresa.

Em 2004, esta unidade teve perdas operacionais de 88 milhões de euros e teve um forte peso no EBITDA negativo com uma fatia de 73 milhões de euros. Com proveitos de apenas 30 milhões de euros e custos operacionais de 118 milhões, a actividade tem taxa de cobertura média de 21%.

Pelo contrário, há já negócios no universo CP, que fecharam 2004 no "break-even", com destaque para o segmento de longo curso. Para este ano, a empresa prevê uma redução da perda operacional de 21 milhões para 149 milhões de euros, com o longo curso a contribuir já com resultados positivos de cinco milhões de euros.

Este ano arranca o plano estratégico que pretende anular a perda operacional da operadora ferroviária em 2009, pressupondo um subsídio anual à exploração de 77 milhões de euros. Nesse ano, a meta é reduzir custo operacional em cerca de 100 milhões de euros, passando de 425 milhões em 2004 para 326 milhões de euros em 2009. Os proveitos globais devem crescer 34% para 369 milhões de euros.

A grande aposta da empresa, a preparar a sua entrada na alta velocidade ferroviária, passa por um relançamento" na exploração comercial e na qualidade do serviço Alfa Pendular entre Lisboa e Porto.

A CP antecipa que a unidade de Longo Curso venha a gerar resultados operacionais positivos de 27 milhões de euros em 2009 e a produzir proveitos operacionais de 82 milhões de euros.