A Parvalorem, veículo que ficou com os ativos tóxicos do BPN em 2010, ainda deve ao Estado cerca de 5 mil milhões de euros e assume que há mais de 3 mil milhões que são incobráveis, noticia, esta terça-feira, o Expresso.

Presidida por Sofia Torres, cujo mandato terminou em 2024, a Parvalorem diz que "o valor da dívida das empresas PAR [ligadas ao universo Parvalorem] atingiu um máximo de 5,5 mil milhões de euros, estando atualmente em aproximadamente 5 mil milhões de euros, com valores pagos em juros e comissões à CGD que totalizaram aproximadamente 1,1 mil milhões de euros (dívida integralmente paga em 2019)".

Fonte oficial da Parvalorem indicou ao jornal que estão pendentes "5 mil processos judiciais destinados à recuperação de dívida" e que o tempo de demora dos processos é "uma das maiores dificuldades inerentes" à recuperação dos créditos e ativos garantidos. 2024 foi o ano em que se atingiu o "valor anual mais elevado de sempre" no que diz respeito à recuperação de ativos: 105 milhões de euros.