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Cotação da Jerónimo Martins poderá sofrer ajuste para 8,66 euros

A cotação da Jerónimo Martins deveria ajustar-se para os 8,66 euros face ao aumento de capital de 150 milhões de euros anunciado ontem, o que representa uma desvalorização potencial de 12%. Os analistas aplaudem o «timing», mas afirmam que o mercado só es

10 de Março de 2004 às 11:09
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A cotação da Jerónimo Martins deveria ajustar-se para os 8,66 euros face ao aumento de capital de 150 milhões de euros anunciado ontem, o que representa uma desvalorização potencial de 12%. Os analistas aplaudem o «timing», mas afirmam que o mercado só esperava um encaixe de tal dimensão para comprar os 49% da JM Retalho.

A Jerónimo Martins [JMAR] anunciou ontem, já após o fecho do mercado, em simultâneo com a apresentação de resultados, que pretende propor em assembleia-geral de 15 de Abril um aumento de capital reservado a accionistas.

A empresa liderada por Alexandre Soares do Santos tem a intenção de emitir 30 milhões de novas acções, com o preço de subscrição de 5 euros, ou seja, igual ao valor nominal das actuais acções. O capital da distribuidora é actualmente representado por 95.858.644 acções.

Em bolsa, e em reacção a este anúncio, os títulos representativos do capital da empresa perdiam um máximo de 7,14% para 9,11 euros, com o mercado a incorporar parte da diluição prevista no valor das actuais acções.

Os analistas do ES Research (ESR) calculam que o preço ajustado, face à cotação de fecho de ontem de 9,81 euros, seja de 8,66 euros por acção.

O banco chega a este número multiplicando os 9,81 euros pelas actuais acções dispersas (958,8 milhões), somando ainda o produto do preço de subscrição (5 euros) pela quantidade de novas acções (30 milhões). Este valor, por seu lado, é dividido pela quantidade total de acções após o aumento de capital, resultando nos 8,66 euros.

Apesar de reconhecer o impacto negativo nas acções do aumento de capital, o ES Research diz que a gestão da empresa aproveitou os «bons» números dos resultados e o ambiente «positivo» no mercado de capitais para resolver a questão de refinanciamento das obrigações convertíveis de cupão zero.

A Jerónimo Martins justificou o reforço da base de capitais com a necessidade de «acelerar os vários projectos de expansão e de remodelação», bem como manter «uma estrutura de financiamento com adequados níveis de flexibilidade financeira». O conselho de administração decidiu optar pela não conversão, em acções, do empréstimo obrigacionista no valor de 192,3 milhões de euros e com vencimento a 30 de Dezembro de 2004.

O ESR tem uma recomendação de «neutral» e um preço alvo de 10,63 euros.

O BPI, numa nota diária a clientes, sugere uma recomendação de «manter» e um preço objectivo de 9,90 euros. A casa de investimento diz que o facto da Jerónimo Martins ter cancelado a conversão do empréstimo obrigacionista, «elimina o risco associado a esta possibilidade».

As acções da Jerónimo Martins negociavam em queda de 5,91% para 9,23 euros, com 232 mil de títulos transaccionados.

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