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Costa quer que a UE reveja mecanismo de formação de preços da energia

Perante os deputados, o líder do executivo referiu que as propostas de curto prazo apresentadas pela Comissão Europeia "em nada acrescentam às medidas já adotadas no passado".

Miguel Baltazar
20 de Outubro de 2021 às 16:07
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O primeiro-ministro defendeu esta quarta-feira a revisão do mecanismo de formação de preços da energia na União Europeia, que disse prejudicar Portugal, e medidas de curto prazo para enfrentar a atual crise, sem colocar em causa metas ambientais.

Estas posições foram defendidas por António Costa no discurso que abriu o debate parlamentar sobre a reunião do Conselho Europeu, na quinta e sexta-feira, em Bruxelas, em que um dos temas centrais é a atual trajetória de subida dos preços da energia.

Perante os deputados, o líder do executivo referiu que as propostas de curto prazo apresentadas pela Comissão Europeia "em nada acrescentam às medidas já adotadas no passado".

"É altura de debatermos efetivamente o mecanismo de formação de preços, designadamente a questão de saber se o preço deve manter uma lógica marginalista, o que claramente penaliza países como Portugal, onde a componente de energia renovável já é particularmente significativa", sustentou António Costa.

Para o líder do executivo, nesta conjuntura de crise energética, a União Europeia "deve manter a coerência no objetivo de enfrentar a emergência climática, sem desconsiderar todas as medidas que sejam necessárias adotar de modo transitório para responder à crise dos combustíveis".

"Uma crise que, naturalmente, não pode ser ignorada", frisou.

De acordo com o primeiro-ministro, como resposta à atual crise, têm de ser aumentadas as interligações energéticas "para que haja um verdadeiro mercado europeu integrado e interligado", assim como alargar o âmbito das interconexões com países terceiros "que podem ser também fonte de energia limpa, caso de Marrocos".

"Temos de ter a capacidade de diversificar as fontes energéticas, apostar mais no hidrogénio verde e alargar as portas de entrada para o gás natural, que é uma energia de transição. Não podemos estar simplesmente dependentes da Rússia, da Turquia e Argélia, devemos cada reforçar aqui a relação transatlântica. Portugal já é porta de entrada de um terço do GNL proveniente dos Estados Unidos -- podemos e devemos aumentar esta quota", defendeu.
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