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Corticeira Amorim aumenta lucros em 6% para 77,4 milhões de euros

A empresa registou, no ano passado, um crescimento das vendas em todas as unidades de negócio e em praticamente todas as geografias.

# Porque Mantém - Entrou na lista de 2017 e segurou o mesmo lugar no 'ranking' deste ano, depois de ter reforçado a liderança mundial da Corticeira Amorim no sector da cortiça, através da compra de três concorrentes internacionais. O grupo de Mozelos, com vendas superiores a 700 milhões de euros, em mais de uma centena de países, prossegue a estratégia de aposta na inovação, testando novos produtos e tecnologias. Sob o comando de António Rios Amorim, a Corticeira mantém o brilho na bolsa.
Jorge Miguel Gonçalves
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A Corticeira Amorim fechou o ano de 2018 com lucros de 77,4 milhões de euros, o que traduz um aumento de 6% face ao ano anterior. As vendas aumentaram 9% para os 763 milhões de euros num ano em que, segundo a empresa, houve um "impacto desfavorável das matérias-primas e câmbio".

Em comunicado enviado esta terça-feira, 26 de fevereiro, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa liderada por António Rios de Amorim justifica a subida dos lucros com o crescimento das vendas em todas as unidades de negócio e em praticamente todas as geografias.

O EBITDA (lucros antes de juros e impostos) subiu para 134 milhões de euros (133,6 milhões de euros em 2017), mas o rácio do EBITDA em relação às vendas baixou para 17,6% (19% em 2017). Esta diminuição é, em parte, explicada pela "pressão sobre a margem bruta causada pelo aumento de preços da matéria-prima e o efeito da desvalorização cambial do USD [dólar] no primeiro semestre".

Esse efeito foi atenuado com "os aumentos de preço, os ganhos de eficiência operacional, associados a um rigoroso controlo dos custos e a redução das imparidades", assinala a empresa. Estes resultados levam a Corticeira Amorim a pagar um dividendo de 18,5 cêntimos por ação - o mesmo valor pago em 2017 -, depois de ter pago um dividendo extraordinário de 8,5 cêntimos por ação no final de 2018. 

No comunicado, a empresa destaca as vendas da unidade de fabrico de rolhas (a maior da empresa) - que aumentaram 11,9% para os 534 milhões de euros - onde se registou crescimento "em praticamente todas as geografias (com destaque para França, Itália, Espanha e Portugal) e segmentos de negócio".

Já a unidade de negócio de revestimentos registou uma queda de 7,7% para os 112,2 milhões de euros, tendo sido afetada "pelo registo de imparidades de clientes e pela pressão dos preços da principal matéria-prima (cortiça)". A empresa espera que as medidas tomadas em 2018 "possibilitem o regresso ao crescimento da atividade e da rentabilidade da unidade de negócio no próximo ano".

A unidade de matérias-primas, que vende essencialmente para outras unidades da Corticeira Amorim, viu as suas vendas subir 19,5% para os 186,4 milhões de euros ao passo que a unidade de aglomerados compósitos registou um crescimento de 3,4% para os 102,2 milhões de euros. 

A dívida líquida da empresa aumentou 46% para os 139 milhões de euros (92,8 milhões de euros em 2017), o que reflete o "valor pago pelas aquisições mais recentes (Bourrassé, Sodiliège e Elfverson)" e o "acréscimo do investimento em CAPEX e fundo de maneio". Como o endividamento médio aumentou, os encargos financeiros totais também subiram, ainda que num contexto de taxas de juro baixas. 

Em 2018, a empresa adquiriu a Herdade da Baliza, em outubro, por 5,5 milhões de euros e ainda 70% do capital da Elfverson por 5,5 milhões de euros em janeiro. 

A Corticeira Amorim terminou o ano com 4.448 trabalhadores, o que representa um aumento face aos 4.248 em 2017 e aos 3.602 de 2016. 

(Notícia atualizada pela última vez às 7h40)

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