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Consumo de gás em Portugal duplica até 2015

O consumo de gás em Portugal vai duplicar até 2015, passando dos actuais 4,4 mil milhões de metros cúbicos (m3) para 8,5 mil milhões de m3, segundo um estudo da ATKearney revelado hoje. O crescimento é justificado pela entrada em funcionamento das novas c

27 de Novembro de 2007 às 13:31
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O consumo de gás em Portugal vai duplicar até 2015, passando dos actuais 4,4 mil milhões de metros cúbicos (m3) para 8,5 mil milhões de m3, segundo um estudo da ATKearney revelado hoje. O crescimento é justificado pela entrada em funcionamento das novas centrais de ciclo combinado a gás natural (CCGT), até 2010, aumentando a capacidade instalada de 2.200 megawatts (MW) em 2006 para 6.590 MW em 2015.

"Em Portugal o crescimento anual é de 8% até 2010 e 7% até 2015, muito acima da média europeia de 1,6% ao ano", revelou esta manhã João Rodrigues Pena, vice-presidente  da AT Kearney Portugal, num encontro com jornalistas.

A consultora estima que na Europa o consumo aumente 26% até 2020, enquanto a produção própria vai sofrer uma queda de 43%. Já a importação de gás na Europa, através de gasodutos, vai crescer em torno dos 50% no mesmo período.

Neste contexto, para garantir o fornecimento de gás natural a longo prazo, a ATKearney prevê quie sejam realizados investimentos na ordem dos 25 milhões de euros em infra-estruturas.

Em Portugal, as importações de gás para produção de energia, industria e consumo privado têm origem da Nigéria (66% através do Terminal de Sines) e da Argélia (34% através do pipeline do Maghreb, por via de Badajoz).

A ATKearney explica ainda que Portugal e Espanha têm o mesmo nível de dependência de gás da Argélia, mas o país vizinho tem um "portfólio" de fontes de abastecimento mais diversificado.

As empresas portuguesas, nomeadamente a Galp, estão porém a tentar inverter esta tendência. "O acordo de parceria estratégia assinado na semana passada com a Petróleos da Venezuel para a área do gás natural, desde o fornecimento de gás venezuelano a Portugal, até à integração da Galp na cadeia de produção na Venezuela, é um sinal neste sentido", considera o consultor.

A nível global, as importações da Europa são quase 90% provenientes da Rússia, Argélia e Noruega. "A Rússia, com 43,5%, é o principal produtor com tendência para continuar a ser", diz a João Rodrigues Pena, salientando porém que "não será capaz de cobrir as necessidades da Europa por muito mais tempo, já que a China e a India terão de pedir gás russo e, consequentemente aumentará a escassez de fornecimento dessa fonte e a necessidade de diversificar".

Na União Europeia, o gás natural é a segunda fonte energética mais importante, depois do petróleo, e cobre um quarto total das necessidades energéticas – que tendem a crescer 26% até 2020. Apenas as renováveis vão ter um crescimento superior, com mais 70% face ao petróleo, cujo aumento será de 4,1%.

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