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Conselho Geral Independente designa Hugo Graça Figueiredo para administrador da RTP

O Conselho Geral Independente (CGI) anunciou hoje que "procedeu à designação" de Hugo Graça Figueiredo para integrar a equipa de Gonçalo Reis no Conselho de Administração da RTP.

Correio da Manhã
08 de Fevereiro de 2018 às 17:27
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O CGI convidou a 25 de Janeiro o actual presidente da RTP a apresentar um Projecto Estratégico para o próximo triénio, "elaborado à luz das Linhas de Orientação Estratégica" que o órgão entretanto publicou.

 

"Na sequência de contactos posteriores com Gonçalo Reis, o Conselho Geral Independente procedeu à designação dos dois outros membros do Conselho de Administração: o engenheiro Hugo Graça Figueiredo e, para a área financeira, uma personalidade cuja designação foi submetida, nos termos da lei, ao parecer prévio e vinculativo do ministro das Finanças", adianta o CGI.

 

Hugo Figueiredo, que foi administrador e presidente da direcção do jornal Público, é engenheiro civil pelo Instituto Superior Técnico (IST) e tem um MBA pela Universidade Nova de Lisboa.

 

Com larga experiência de gestão em sectores como telecomunicações e media, Hugo Figueiredo liderou projectos nas áreas do digital, conteúdos, marketing e parcerias estratégicas, foi administrador da Rádio Nova e desempenhou funções na direcção das operadoras NOS e Optimus.

 

Foi ainda vice-presidente da APDC - Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações.

 

O novo administrador é professor de Comunicação em pós-graduação na Porto Business Scholl, empreendedor e consultor de marketing em projectos ligados à educação.

 

Por sua vez, Gonçalo Reis é presidente do Conselho de Administração da RTP desde o início de 2015, com experiência profissional em sectores como banca, consultoria, publicidade, infraestruturas e 'private equity', tendo ocupado cargos de administração em várias empresas.

 

Entre 2002 e 2007, Gonçalo Reis já tinha sido administrador na RTP.

 

Em 25 de Janeiro, o CGI, que supervisiona a administração da RTP, entre outras funções, anunciou que tinha convidado Gonçalo Reis, cujo mandato termina este mês, a apresentar um Projeto Estratégico da empresa para o triénio 2018-2020 e que os restantes dois membros - Nuno Artur Silva e Cristina Vaz Tomé cessavam funções.

 

Na altura, o CGI recordou que Nuno Artur Silva foi "responsável, nos últimos três anos, pela reconfiguração estratégica da política de conteúdos da empresa, numa óptica de serviço público de media, tarefa que desempenhou de modo altamente meritório e sucessivamente reconhecido pelas instâncias de escrutínio da empresa".

 

No entanto, a continuidade de Nuno Artur Silva na RTP era "incompatível com a irresolução do conflito de interesses entre a sua posição na empresa e os seus interesses patrimoniais privados, cuja manutenção não é aceitável, não obstante o CGI, no âmbito das suas funções de supervisão e fiscalização, não ter verificado que isso tenha sido lesivo da empresa, no decurso do seu mandato", argumentou o CGI num comunicado então enviado.

 

No que respeita a Cristina Tomé, o CGI salienta que a administradora cessante, com o pelouro financeiro, "contribuiu, de modo altamente meritório, para uma gestão empresarial eficiente, que se saldou pelo equilíbrio das contas e pela estabilização financeira, ao longo dos três anos de mandato".

 

Além disso, Cristina Tomé teve "um papel da maior importância no relançamento dos investimentos na RTP, com diversas iniciativas relevantes", concluiu o CGI.

 

 

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