A Renault Portugal considera menos "gravoso" o aumento do imposto de selo sobre os contratos de crédito ao consumo, do que "uma medida que incidisse sobre os juros do capital em dívida". A empresa importadora da marca francesa refere que o agravamento do imposto será "um valor adicional a ser suportado pelo cliente".

Segundo fonte oficial da Renault Portugal, contactada pelo Negócios, o aumento do imposto sobre o crédito ao consumo poderá cifrar-se num aumento médio de 60 euros para o cliente, isto no caso de um financiamento de 15 mil euros pago em 60 meses.

O presidente da Ford Lusitana refere, por seu turno, que ainda é cedo para fazer uma avaliação sobre os impactos que o aumento do imposto de selo terá no comércio automóvel, mas receia que afecte o consumo. "Poderá gerar um efeito de retracção do consumo", diz Diogo Resende, sublinhando que se "trata de mais uma medida que vem aumentar a incerteza no sector".