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Cofina disponível para trocar 19% da Lusomundo por activos de media

A Cofina está «disponível para trocar a sua participação no capital da Lusomundo por activos de media», confirmou ao Jornal de Negócios Online fonte oficial da empresa. «A empresa quer crescer no mercado e pode fazê-lo de forma orgânica, uma das vias segu

22 de Junho de 2005 às 19:21
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A Cofina está «disponível para trocar a sua participação no capital da Lusomundo por activos de media», confirmou ao Jornal de Negócios Online fonte oficial da empresa. «A empresa quer crescer no mercado e pode fazê-lo de forma orgânica, uma das vias seguidas, e por aquisições não deixando de olhar para as oportunidades que o mercado gerar», acrescenta a mesma fonte.

A disponibilidade da Cofina é manifestada um dia após a assembleia geral da empresa ter aprovado a alteração de estatutos de forma a permitir o aumento do capital social «por uma ou mais vezes até ao limite máximo de 35 milhões de euros», bem como a emissão até um máximo de 7.500 «warrants».

A empresa liderada por Paulo Fernandes detém 19% da Lusomundo Media, empresa do universo PT. Recorde-se que a empresa de Miguel Horta e Costa anunciou oficialmente, a 28 de Fevereiro, a venda da Lusomundo Serviços (que detém mais de 80,91% da Lusomundo Media) à Controlinveste, de Joaquim Oliveira.

O processo de alienação dos activos de media da Lusomundo está a ser analisado pela Autoridade da Concorrência que, na semana passada, decidiu avançar com uma investigação aprofundada por entender que a operação em causa «é susceptível de criar/reforçar uma posição dominante da qual possam vir a resultar entraves significativos à concorrência nos mercados relevantes identificados, em particular no mercado da imprensa escrita diária generalista de circulação nacional».

Neste segmento, o universo das publicações da Lusomundo Media inclui o «Diário de Notícias», o «Jornal de Notícias» e o «24 Horas».

De acordo com a edição de segunda-feira do jornal «Público», a aprovação do negócio pela Autoridade da Concorrência estará dependente da venda do «Jornal de Notícias» a terceiros. De acordo com o diário da Sonae esta condição inviabiliza o negócio uma vez que o contrato-promessa de compra e venda entre a PT e a Controlinveste determina que o acordo fica sem efeito se o comprador for impedido de «adquirir/manter» o «Jornal de Notícias».

Cabovisão é um cenário

O crescimento da Cofina não deverá passar pela aquisição da Cabovisão.

«A Cofina analisou o dossier Cabovisão há mais de um ano mas não houve qualquer desenvolvimento no mesmo. O que significa que esse assunto não passa de mais um cenário, mas é só e apenas isso", afirmou fonte oficial da empresa à agência Reuters.

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