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Cofina com lucros em linha mas bom desempenho operacional nas revistas
Os resultados líquidos apresentados pela Cofina ficaram em linha com as estimativas dos analistas que, no entanto, destacaram o desempenho operacional registado pela empresa de "media", salientando o aumento superior ao esperado das receitas publicitárias
Os resultados líquidos apresentados pela Cofina ficaram em linha com as estimativas dos analistas que, no entanto, destacaram o desempenho operacional registado pela empresa de "media", salientando o aumento superior ao esperado das receitas publicitárias na divisão de revistas.
A Cofina revelou, ontem, que os seus lucros de 2007 superaram os 10 milhões de euros, uma aumento de 4,5% face ao período homólogo, com o EBITDA consolidado a crescer 15,6%, situando-se nos 20,5 milhões, e as receitas operacionais da empresa liderada por Paulo Fernandes a ascenderam a 134,6 milhões de euros.
Os lucros ficaram em linha com "as nossas estimativas, apesar de significativas diferenças nos resultados financeiros e impostos sobre os resultados, onde esperávamos maiores perdas provocadas, essencialmente, pela desvalorização da Zon Multimedia", afirma o analista Tiago Veiga Anjos do BPI.
A Espírito Santo Research também salienta que a diferença das suas estimativas para os lucros apresentados pela Cofina assentou nos maiores custos financeiros que o banco de investimento aguardava, "em resultado do reconhecimento da perda de valor de mercado de alguns dos investimentos".
Os analistas Nuno Matias e Sandra Sousa salientam, no entanto, que "a divisão das revistas apresentou uma boa performance operacional, o que explica o melhor do que esperado EBITDA".
"A performance operacional da companhia foi muito positiva e mantemos a nossa opinião positiva sobre a companhia", refere o CaixaBI, enquanto João Flores, analista do Millennium IB, afirma que "após estes resultados reiteramos a recomendação de compra, com um preço alvo para o final do ano de 1,95 euros".
Nenhuma das casas de investimento alterou a sua recomendação, ou preço-alvo, para a Cofina. O CaixaBI continua a recomenda "acumular", com um "target" de 2,10 euros, bem como o BPI que manteve o preço-alvo em 1,70 euros. A ESR tem uma visão "neutral" sobre os títulos da empresa de "media", avaliando as acções em 1,70 euros.
As acções da Cofina [cofi] seguiam a negociar em queda de 2,92%, a cotar nos 1,33 euros.