A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) considera que a I’M “utilizou, entre 14 e 21 de Janeiro de 2008, a informação privilegiada que tinha, em virtude do exercício de funções dos seus accionistas e administradores no Conselho de Administração da Martifer, comprando acções desta empresa, sabendo que a divulgação da referida informação seria susceptível de provocar uma subida sensível no valor das acções da Martifer.”

O regulador acusa a empresa de ter cometido seis violações, sendo que são consideradas contra-ordenações muito graves.

E decidiu aplicar, após feito o cúmulo jurídico, “uma coima única de 40 mil euros” à I'M SGPS, controlada por Carlos Martis e o Jorge Martins (na foto).

No período a que se referem estas contra-ordenações a Martifer revelou prever uma duplicação da facturação para 500 milhões de euros, referente a 2007 (ainda não tinham sido revelados os resultados de 2007) e a vitória de um contrato para a construção de um parque solar em Espanha, no valor de 59 milhões de euros.

Durante esse período, a Martifer confirmou que estava em negociações com a empresa indiana Suzlon, uma das maiores construtoras de turbinas eólicas do mundo, com vista à implementação de uma parceria na área das construções metálicas.