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City quer escrutinar rendimentos dos banqueiros de investimento

Os bancos britânicos deverão adiar pagamento de bónus, aumentar os poderes das comissões de controlo risco e reforçar as responsabilidades dos presidentes não executivos para evitar uma repetição da crise financeira, segundo um comunicado de uma comissão governamental.

16 de Julho de 2009 às 11:24
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Os bancos britânicos deverão adiar pagamento de bónus, aumentar os poderes das comissões de controlo risco e reforçar as responsabilidades dos presidentes não executivos para evitar uma repetição da crise financeira, segundo um comunicado de uma comissão governamental.

O ordenado e compensações dos operadores e banqueiros de investimento da banca mais bem pagos, em Londres, terão de ser publicamente divulgados, segundo um plano apoiado pelo Tesouro britânico destinado a limitar remuneração considerada arriscada.

O ministro do Tesouro britânico, Allistair Darling quer que as remunerações dos funcionários de bancos de investimento que têm os rendimentos mais elevados sejam “mais transparentes” para que os bancos estejam mais expostos ao escrutínio da imprensa, público e accionistas.

Neste momento, esse escrutínio apenas se aplica a membros do concelho de administração. Um relatório interino do antigo administrador do Morgan Stanley, Sir David Walker, deverá propor, na quinta-feira, que o salário, bónus e detalhes dos planos de reforma sejam revelados para todos os funcionários que tenham remunerações superiores à remuneração média do conselho de administração.

Isto poderá afectar 200 a 300 operadores de salas de mercados e executivos de topo da maioria dos grandes bancos britânicos. O relatório propõe que se divulguem os dados em grupo e não individualmente, de forma a preservar a identidade dos banqueiros de investimento em causa. As comissões para avaliação das remunerações teriam mais poderes de fiscalização sobre estes funcionários de altos rendimentos e deveriam garantir que a sua remuneração está em linha com os objectivos de longo prazo dos bancos.

Embora esta medida seja direccionada a bancos britânicos, grupos estrangeiros com operações importantes no Reino Unido, como o Golsman Sachs e o Deutsche Bank, podem ser obrigados a satisfazer as exigências da Autoridade de Serviços Financeiros. Esta medida pode assim afectar milhares dos banqueiros de investimento que não viam os seus rendimentos divulgados por não pertencerem aos Conselhos de Administração dos seus bancos.

A obrigação de reportar essa informação não será, no entanto, tão punitiva como nos Estados Unidos, onde as identidades dos cinco mais bem pagos membros do quadro de funcionários têm de ser reveladas. Muitos deles são executivos de topo ou operadores de salas de investimento e não membros do conselho de administração.

Darling irá receber o relatório final de David Walker no Outono e espera-se que adopte a maioria das recomendações, incluindo planos para melhorar a qualidade dos concelhos de administração dos bancos.

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