Notícia
Cirque Du Soleil avança com pedido de insolvência
A companhia circense canadiana pediu proteção contra os seus credores, como parte de um plano de reestruturação que atravessa.
A companhia circense Cirque du Soleil anunciou nesta segunda-feira que avançou com o pedido de insolvência, como parte do seu plano de reestruturação. O seu pedido, sob a lei de acordo de credores das empresas (CCAA, na sigla em inglês), será ouvido amanhã no tribunal superior do Quebeque.
O plano prevê que um grupo de investidores, incluindo da atual estrutura acionista composta pela TPG, Fosun e Caisse de Dépôt et Placement du Québec, faça uma oferta inicial pelos ativos da companhia. É um processo que em inglês se designa de "stalking horse", que é o primeiro lance que funciona como preço mínimo para um leilão a realizarse no futuro. Essa base é, segundo a CNN, de 420 milhões de dólares. Mas esse é um ponto de partida.
O contrato dará aos credores com garantias do Cirque du Soleil 50 milhões de dólares em dívida sem garantia, além de uma participação de 45% na companhia reestruturada e o pagamento de um empréstimo provisório feito por certos credores de primeira garantia no valor de 50 milhões de dólares.
Caso o tribunal conceda a ordem solicitada, a empresa vai avançar com o pedido também nos Estados Unidos, de acordo com o Capítulo 15 do Código de Falências dos EUA no Tribunal de Falências dos Estados Unidos.
O antigo presidente executivo Guy Laliberté vendeu a grande maioria da sua posição no Cirque a um consórcio de capitais privados liderado pela gestora de fundos norte-americana Texas Pacific Group (TPG), em abril de 2015.
Deste consórcio fazem parte o fundo de pensões canadiano Caisse de Dépôt et Placement du Québec e o grupo chinês Fosun.