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Chinesa Tencent testa o seu próprio modelo de inteligência artificial

"Graças a estes dois modelos de raciocínio profundo, a resposta às perguntas é mais profissional, o raciocínio é mais avançado e as respostas parecem mais humanas", afirmou o grupo.

As empresas tecnológicas chinesas estão na mira dos fundos de investimento. Num ano em que os produtos que investem em acções com exposição à China estão entre os que mais sobem - com valorizações até 30% a 12 meses - , a Tencent é uma das maiores participações nas carteiras. A empresa de redes sociais e aplicações para telemóveis valoriza pouco mais de 1% em 2018, mas as avaliações dos analistas atribuem um potencial de subida de 27% às acções da companhia, com 96% de recomendações positivas. O facto de muitos sites e aplicações ocidentais, como o Google ou o Facebook, terem restrições de utilização na China, favorece os serviços da Tencent.
reuters
17 de Fevereiro de 2025 às 13:06
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O grupo tecnológico chinês Tencent disse esta segunda-feira ter começado a testar o seu próprio modelo de inteligência artificial, depois de ter integrado o DeepSeek nos seus produtos.

A multinacional afirmou em comunicado que alguns utilizadores do seu robô de conversação Yuanbao poderão agora dirigir perguntas ao DeepSeek ou ao seu novo modelo interno de raciocínio de IA, o "Hunyuan Thinker".

"Graças a estes dois modelos de raciocínio profundo, a resposta às perguntas é mais profissional, o raciocínio é mais avançado e as respostas parecem mais humanas", afirmou o grupo.

Sediada em Shenzhen (sul da China), a Tencent é proprietária da aplicação WeChat (mensagens, redes sociais, pagamentos em linha), omnipresente no país, tendo também presença nos jogos de vídeo e na distribuição de conteúdos.

Recentemente a empresa tem procurado desenvolver as suas atividades no mercado da inteligência artificial.

A empresa terá começado a integrar o DeepSeek em vários dos seus produtos, tendo alguns utilizadores do WeChat notado a adição de uma função de pesquisa baseada em IA no domingo.

Um porta-voz da Tencent confirmou à AFP que a aplicação, que tem mais de mil milhões de utilizadores mensais ativos, tinha "lançado recentemente um teste beta para acesso ao DeepSeek".

Outro interveniente chinês no campo da tecnologia, o Baidu, anunciou no domingo que ia integrar o DeepSeek no seu motor de busca tradicional.

Na semana passada, o gigante chinês dos veículos eléctricos BYD afirmou também que iria integrar o DeepSeek nos seus automóveis, seguindo os passos de outros rivais nacionais como a Geely, a Great Wall Motors e a Leapmotor.

Apesar da sua proeminência na China, o DeepSeek continua a suscitar preocupações em alguns países devido ao tratamento dos dados pessoais dos utilizadores.

Hoje, as autoridades sul-coreanas anunciaram que o DeepSeek seria temporariamente retirado das lojas de aplicações locais enquanto investigam a forma como esta lida com os dados.

Países como Itália, Austrália e alguns Estados americanos já adotaram medidas semelhantes.

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