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China confina área ao redor da maior fábrica de iPhones do mundo

O relatório da comissão de saúde local informou que foram diagnosticados 64 casos de covid-19 em Zhengzhou, nas últimas 24 horas. Outros 294 casos assintomáticos também foram encontrados na cidade, que tem 12,5 milhões de habitantes.

Bloomberg
02 de Novembro de 2022 às 09:27
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As autoridades chinesas vedaram esta quarta-feira o acesso à área em torno da maior fábrica de iPhones do mundo, na cidade de Zhengzhou, após funcionários terem escapado das instalações devido a um surto de covid-19.

O anúncio não detalhou se o isolamento da Zona Económica do Aeroporto de Zhengzhou está relacionado com os casos diagnosticados na fábrica da Foxconn, apontando apenas que ninguém pode entrar ou sair da área, pelo período de uma semana, exceto para entregar alimentos e equipamento de saúde.

O relatório da comissão de saúde local informou que foram diagnosticados 64 casos de covid-19 em Zhengzhou, nas últimas 24 horas. Outros 294 casos assintomáticos também foram encontrados na cidade, que tem 12,5 milhões de habitantes.

O relatório não detalhou quantos casos foram encontrados na zona industrial.

Vídeos difundidos nas redes sociais chinesas neste fim de semana mostram centenas de funcionários da Foxconn, que fabrica os iPhones da norte-americana Apple, a saltar vedações e a caminhar ao longo da berma de uma estrada, carregados com malas e outros pertences.

O Partido Comunista Chinês mantém uma estratégia de 'zero casos' de covid-19, que implica o bloqueio de bairros e cidades inteiras e o isolamento de todos os casos positivos e respetivos contactos diretos.

Isto mantém os níveis de infeção da China baixos, mas interrompe também a atividade económica, numa altura em que o resto do mundo levantou as restrições. A frustração pública com as restrições levou já a protestos e confrontos com as forças de segurança em algumas áreas do país.

Várias cidades chinesas aumentaram as restrições de movimento e cancelaram voos, nos últimos dias, depois de o número de casos ter aumentado nas últimas semanas.

Moradores de muitas partes da região de Xinjiang, no noroeste, foram impedidos de deixar as suas casas em agosto e setembro. Pessoas em Urumqi e outras cidades, que disseram ter ficado sem comida e medicamentos, difundiram pedidos de ajuda nas redes sociais.

A Foxconn disse no domingo que estava a trabalhar em "circuito fechado", um termo oficial que significa que os funcionários estão impedidos de abandonar os seus locais de trabalho. A empresa referiu que os trabalhadores que testaram positivo estão a ser tratados, mas não detalhou se o surto foi controlado.

Também esta semana, os visitantes do parque da Disney em Xangai foram temporariamente impedidos de sair das instalações, após terem sido testados para o vírus. A agência de saúde da cidade disse que os visitantes testaram negativo na segunda-feira e foram autorizados a sair.

Na semana passada, 1,3 milhões de moradores do distrito de Yangpu, no centro de Xangai, foram obrigados a permanecer em casa enquanto as autoridades executavam uma nova ronda de testes.

Altamente contagiosa, a variante Ómicron do novo coronavírus obrigou as autoridades chinesas à imposição de medidas de confinamento cada vez mais extremas e frequentes, para salvaguardar a estratégia de 'zero casos', assumida como um triunfo político pelo secretário-geral do Partido Comunista Chinês, Xi Jinping.
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