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CGD nega aliança com BCP para Polónia

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) não está interessada em avançar para uma parceria com o Banco Comercial Português (BCP) no banco polaco Millennium, disse António de Sousa, na conferência de imprensa para apresentação de resultados de 2003.

19 de Fevereiro de 2004 às 08:07
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A Caixa Geral de Depósitos (CGD) não está interessada em avançar para uma parceria com o Banco Comercial Português (BCP) no banco polaco Millennium, disse António de Sousa, na conferência de imprensa para apresentação de resultados de 2003.

António de Sousa sublinhou que o acordo firmado entre os dois bancos, na sequência do acordo «Champalimaud», em 2000, assentava na realização de associações para mercados onde nenhuma das instituições estivesse presente.

«A parceria firmada em 2000 com o BCP era para novos mercados e a Polónia não o é, porque o BCP já lá está», frisou o mesmo responsável.

O presidente da CGD acrescentou ainda que as parcerias efectuadas entre o banco público e qualquer outro banco terão sempre como principal objectivo a racionalização de custos.

Sobre o aprofundamento da parceria com o BCP, António de Sousa referiu terem existido várias reuniões, «mas que até agora não se concretizou nada». A CGD, disse, nunca anunciou parcerias antes de estas estarem prontas.

Jardim Gonçalves, presidente do BCP, avançou, na apresentação de resultados de 2003, que os dois bancos estão a estudar uma futura parceria nos seguros, na área internacional e noutros sectores de actividade.

O presidente do maior banco privado português assegurou que a parceria com a CGD poderia estender-se a todos os mercados fora de Portugal, admitindo abertura para a entrada do banco público tomar uma participação no banco polaco onde o BCP detém 50% do capital.

Segundo um estudo do Santander, a concretização efectiva de uma parceria para o mercado internacional entre o BCP e a Caixa Geral de Depósitos, poderia diluir os custos do banco de Jardim Gonçalves na Polónia, ao mesmo tempo que daria uma maior dimensão externa ao banco estatal.

Estas medidas «permitiriam ao banco aumentar as suas opções estratégicas em termos de crescimento do crédito concedido ou de redução de custos», salienta Manuel Preto, analista do Santander.

As acções do BCP cotavam nos 2 euros a perder 0,5%.

Por Sílvia de Oliveira e Ricardo Domingos

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