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CGD lucra mais 52,5% para 422 milhões de euros

A CGD registou, no final do terceiro trimestre, um resultado líquido consolidado de 422,2 milhões de euros, o que se traduziu num aumento de 52,5% em relação ao mesmo período de 2004.

09 de Novembro de 2005 às 17:04
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A CGD registou, no final do terceiro trimestre, um resultado líquido consolidado de 422,2 milhões de euros, o que se traduziu num aumento de 52,5% em relação ao mesmo período de 2004.

Segundo um comunicado da Caixa emitido hoje, o lucro não está influenciado pela mais-valia de 145 milhões de euros obtida em Setembro com a venda da participação detida no Unibanco. Isto porque, foi constituída uma dotação não recorrente no mesmo montante para provisões para outros riscos e encargos, que se encontra pendente de afectação.

A actividade seguradora obteve um lucro de 94 milhões de euros, em alta de 84,3%.

O produto bancário alargado totalizou 2,011 mil milhões de euros, com uma subida de 26,2%. Este montante já inclui o produto da actividade seguradora – 458,5 milhões de euros, ou seja, 22,9% do total.

«Retirando, para melhor comparabilidade, o efeito resultante da mais-valia com a venda da participação no Unibanco, o produto bancário alargado teria ainda assim registado um aumento de 17%», acrescentou o mesmo comunicado.

Por sua vez, a margem financeira subiu 4% para 1,224 mil milhões de euros. A Caixa sublinha que, neste indicador, destacam-se o crescimento dos juros líquidos (+1,1%) e dos rendimentos de instrumentos de capital (+56,8%). Neste último caso, a explicação reside no recebimento de dividendos da EDP e da Portugal Telecom.

Os resultados em empresas filiais e associadas consolidados pelo método de equivalência patrimonial foram resultantes, na quase totalidade, das participações detidas na REN (14,2 milhões de euros) e na AdP (1,2 milhões de euros).

Ao nível dos custos, os custos operativos aumentaram 14,4%, influenciados pela integração da Império Bonança em 2005. Considerando apenas o perímetro bancário do grupo, o crescimento dos custos foi de cerca de 5,7%.

Os custos com pessoal aumentaram 13,2%, também devido à integração da Império Bonança, adquirida, no final de 2004, ao grupo BCP. Ainda assim, na actividade bancária, o crescimento foi de 6,5%.

O rácio de cost to income situou-se nos 58,1%.

Em relação às dotações para imparidade, verificou-se uma redução de 28,6%, tendo-se fixado nos 126,4 milhões de euros. Por sua vez, as provisões líquidas de anulações foram reforçadas em valor idêntico ao da mais-valia com a alienação da posição no banco brasileiro – 145 milhões de euros.

Os impostos sobre lucros ascenderam , no mesmo período, a 128,3 milhões de euros, mais 37,4 milhões de euros do que nos primeiros nove meses de 2004. A taxa de tributação efectiva foi, assim, de 23,3%.

O ROE situou-se, no dia 30 de Setembro, nos 18,4%, enquanto o ROA foi de 0,88%.

Ao nível da actividade, o crédito a clientes líquido somou 48,6 mil milhões de euros, em alta de 6,2%. Segundo o banco estatal, o crescimento do saldo do crédito a clientes deveu-se ao segmento de habitação, incluindo crédito titularizado, que aumentou 9% em termos homólogos.

Em termos de novo crédito, no ramo habitação, a CGD atingiu 3,452 mil milhões de euros, contra 2,651 mil milhões de euros no final do terceiro trimestre de 2004. O crescimento foi superior a 30%.

Ao nível dos recursos captados, totalizaram 79,5 mil milhões de euros (mais 5,6%), salientando-se os depósitos com um crescimento de 3%.

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