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CEO da Lusíadas Saúde: "Cadeia de valor não estabilizou"

A empresa liderada por Vasco Antunes Pereira está a ainda a sentir com força as disrupções da cadeia de valor. As contas da Lusíadas Saúde, no entanto, apresentam uma evolução positiva.

Alexandre Azevedo
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Custos elevados, escassez e incerteza. O setor da saúde está longe de ter encontrado um equilíbrio, depois dos sucessivos problemas criados por um contexto geopolítico difícil, afirmou o CEO da Lusíadas Saúde, Vasco Antunes Pereira, em entrevista ao Negócios e à Antena 1.

"Mudou radicalmente não apenas o preço mas também a capacidade do sistema. Ou seja, toda a cadeia de valor ficou muito mais constrangida e nunca mais estabilizou", indica o gestor. "Até agora ainda não estabilizou para modelos anteriores à pandemia".

"Este ambiente de inflação que vivemos é muitíssimo desafiante na área da saúde", afirma. Ao que acresce "a escassez e a ausência de certeza na entrega", num ambiente geopolítico que "não é vantajoso: a guerra na Ucrânia, todas as sanções que têm sido postas à Rússia, a guerra recente na Palestina e com Israel".

Por tudo isto, "os grandes fluxos de abastecimento que vêm da Ásia e da Europa estão afetados". A Lusíadas Saúde tem "sentido muito quer um agravamento quer uma disrupção na entrega".

Ainda assim, depois de fechar 2023 com uma faturação de 370 milhões, o grupo Lusíadas Saúde espera ultrapassar este ano os 400 milhões e investir, pelo menos, 98 milhões de euros, entre hospitais existentes e novas unidades. "Este ano, só nas unidades existentes, vamos investir 38 milhões de euros. As unidades novas têm um modelo de negócio ainda em construção, portanto, o montante total não está apurado. Só para a componente a Norte do país, em que já fechámos a nossa expectativa de investimento para 2024, estima-se em 60 milhões de de euros", disse Vasco Antunes Pereira.

E promete que não vai ficar por aqui. "O grupo vai continuar a investir. Temos de ampliar a nossa oferta, porque a oferta está muito limitada", garante.
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