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CBI regista prejuízos de 22,57 milhões devido a quebra dos mercados accionistas

O Central Banco de Investimento atingiu prejuízos de 22,57 milhões de euros em 2001, em resultado da quebra dos mercados accionistas, o que levou a uma descida dos ganhos de «trading», revelou em comunicado a instituição liderada por Tavares Moreira.

04 de Março de 2002 às 20:53
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O Central Banco de Investimento atingiu prejuízos de 22,57 milhões de euros em 2001, em resultado da quebra dos mercados accionistas, o que levou a uma descida dos ganhos de «trading», revelou em comunicado a instituição financeira liderada por Tavares Moreira.

Este valor compara com resultados positivos comparáveis de 5,77 milhões euros registados em 2000. O número de 2000, para ser comparável com 2001, inclui a aquisição da NCO Dealer e da NCO Gestão, efectuada em Dezembro daquele ano.

A queda de 24,7% do PSI20 [PSI20], principal índice accionista nacional, e uma quebra de 48,3% no volume de transacções no segmento accionista do mercado nacional foram os principais responsáveis pelos resultados negativos do banco.

«O resultado do Central, reflecte, essencialmente, a conjuntura fortemente desfavorável observada nos mercados de capitais, repercutida muito negativamente ao nível dos resultados de trading do banco e da sociedade financeira de corretagem e das comissões geradas na intermediação», explica o CBI em comunicado.

O activo total líquido caiu 43,1% para os 162,72 milhões de euros, resultando do «decréscimo de 53% observado na carteira de títulos de rendimento variável, reflexo da diminuição significativa do nível de intervenção nos mercados de capitais», segundo a mesma fonte.

O produto bancário recuou dos 27,75 milhões de euros positivos em 2000 para 10,06 milhões de euros negativos em 2001, enquanto os custos de funcionamento, incluindo amortizações, cresceram 5,7% para os 14,68 milhões de euros.

CBI provisiona ParaRede

O CBI [CNIN], que detém cerca de 5% no capital da ParaRede [PARA], criou uma provisão de 12,37 milhões de euros para reflectir a desvalorização em Bolsa de quase 70% daquela empresa durante 2001.

«Esta provisão corresponde corresponde à menos-valia potencial apurada com base no valor de mercado das acções em 31 de Dezembro de 2001», explica o CBI.

Plano de reestruturação do CBI quer reduzir custos em 40%

A quebra dos mercados levou a administração do banco a pôr em marcha um plano de reestruturação que teve início nos últimos meses do ano passado.

Entre as várias medidas do plano de reestruturação do CBI contam-se o objectivo de concentrar, na sede da Avenida da República, os serviços anteriormente dispersos por outras instalações na cidade de Lisboa e a redução das instalações no Porto.

O CBI quer igualmente reduzir em cerca de 33% o seu número de efectivos, cortar os custos com fornecimento e serviços de terceiros em cerca de 40% e diminuir o nível de exposição das carteiras de títulos e de derivados.

O plano permitiu, no último trimestre de 2001, reduzir os prejuízos em 5% face às perdas registadas no terceiro trimestre daquele ano para os 1,03 milhões de euros.

«Esta evolução permite reiterar o principal objectivo do programa de reequilíbrio da exploração que consiste em atingir, até ao final do primeiro trimestre de 2001, uma situação de equilíbrio da conta de exploração e um cash-flow positivo, independentemente das condições do mercado», esclarece o banco.

As acções do CBI encerraram nos 4,55 euros, a subir 0,66%.

Por Ricardo Domingos

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