Notícia
Cardoso e Cunha abandona presidência da TAP
António Cardoso e Cunha vai cessar funções enquanto presidente do Conselho de Administração da TAP, anunciou ontem o Governo, acrescentando que o afastamento do administrador se justifica «no quadro do processo de reestruturação em curso na TAP».
António Cardoso e Cunha vai cessar funções enquanto presidente do Conselho de Administração da TAP, anunciou ontem o Governo, acrescentando que o afastamento do administrador se justifica «no quadro do processo de reestruturação em curso na TAP».
Num comunicado conjunto da Presidência do Conselho de Ministros e do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, o Governo informa ter acordado com o ainda presidente do conselho de administração da transportadora aérea a sua cessação de funções.
O Governo adianta, no mesmo documento, que a cessação de funções é «estranha à forma como as mesmas foram exercidas, ocorrendo e justificando-se no quadro do processo de reestruturação em curso na TAP».
O Executivo de Santana Lopes sublinha ainda o «reconhecimento pelas qualidades humanas e profissionais do Engº António Cardoso e Cunha e expressa público reconhecimento pelo trabalho desenvolvido» pelo administrador.
O comunicado não esclarece, mas segundo a imprensa o administrador delegado Fernando Pinto, que mantinha um braço-de-ferro com Cardoso e Cunha, deve assim continuar na companhia aérea nacional.
Já os sindicatos ficaram surpreendidos com a decisão do Governo. «Penso que não seria previsível isto acontecer, sobretudo com saída anunciada dos brasileiros (Fernando Pinto, Luís Mor e Michael Conolly). Nada indicava que as coisas iam por aí», disse hoje à Agência Lusa Jorge Lopes.
A saída de António Cardoso e Cunha da TAP, anunciada quinta-feira pelo Governo, põe fim a um «braço-de-ferro» com o administrador-delegado Fernando Pinto que dura praticamente desde que o ex-comissário europeu foi nomeado, há quase dois anos.