A Caja Madrid reforçou a sua posição na Iberia, ameaçando bloquear qualquer oferta de aquisição sobre a companhia aérea. As acções da Ibéria já caíram mais de 7%, a maior queda desde Março de 2004.

A Caja Madrid aumentou a sua participação na Iberia para 23%, depois de ter chegado a acordo para adquirir a participação do Banco Bilbao Vizcaya Aegentaria e da Companhia de Distribuicion Integral Logista na companhia aérea.

A Caja Madrid espera assim bloquear qualquer tentativa de aquisição da companhia. O presidente da Caja Madrid, Miguel Blesa, afirmou, no passado dia 20 de Novembro, que não tem planos para se juntar a nenhuma oferta sobre a Iberia.

"São compras importantes e parece que eles [La Caixa] têm agora poder para bloquear qualquer oferta", afirmou Gonzalo Lardies do Banque Privee Edmond de Rothschild, citado pela agência Bloomberg. "É sem dúvida um movimento político", acrescenta Gonzalo Lardies.

Na semana passada, a Iberia recebeu uma proposta de aquisição, por parte de um grupo de investidores, entre os quais a multimilionária Alicia Koplowitz, no valor de 3,7 mil milhões de euros. A "private-equity" TPG e a British Airways também manifestaram interesse em adquirir a companhia espanhola.

As noticias de que o La Caixa tinha reforçado no capital da Iberia, levaram as acções da companhia aérea a caírem 7,87% para os 3,16 euros, a maior queda desde 12 de Março de 2004. Os títulos perdem 4,08% para os 3,29 euros.