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Rússia não aceita acordo de cessar-fogo temporário com Ucrânia

Moscovo faz antes pressão por um acordo de paz de longo prazo, que tenha em consideração os seus "interesses e preocupações". Garante ainda que os 30 dias que constam na proposta representariam apenas "um descanso temporário para as tropas ucranianas".

Sputnik/Gavriil Grigorov/Kremlin via Reuters
13 de Março de 2025 às 11:38
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A Rússia não deverá aceitar o acordo de cessar-fogo de 30 dias proposto pelos EUA com a Ucrânia. A notícia está a ser avançada pelo Financial Times que cita o conselheiro de política externa do presidente russo, Vladimir Putin, que garante que Moscovo está a pressionar os dois países por um acordo de longo prazo. 

Em declarações às televisões russas, Yuri Ushakov considera que a proposta recebida é "nada mais nada menos do que um descanso temporário para as tropas ucranianas". A Rússia espera ainda que os EUA levem em consideração os interesses, preocupações e "as posições russas" em acordos conjuntos no futuro, segundo o jornal britânico.

Esta quinta-feira, Steve Witkoff, enviado especial do presidente dos EUA, aterrou em Moscovo para se encontrar com altos responsáveis russos e discutir o acordo, isto depois de o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Mike Waltz, ter fornecido detalhes sobre as tréguas esta quarta-feira. Donald Trump disse também, após o encontro com o primeiro-ministro irlandês Micheál Martin, que esperava que o Kremlin aceitasse as condições.

"Ninguém precisa de medidas que imitem ações pacíficas nesta situação", acrescentou ainda Ushakov, que adianta que Putin irá, ao final do dia, fazer declarações aos meios de comunicação social, onde vai descrever a posição da Rússia de forma mais detalhada.

Na passada terça-feira, 11 de março, a Ucrânia aceitou a proposta de cessar-fogo de 30 dias. Isto levou a que os EUA retomassem a ajuda militar ao país em guerra há mais de três anos, bem como voltou a partilhar informação priviligiada com o Governo ucraniano. 

Numa demonstração de força, Vladimir Putin visitou esta quinta-feira a região ucraniana de Kursk, onde ordenou a derrota das últimas tropas ucranianas. A localidade era o centro de resistência de Kiev. 

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