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Bruxelas: Empresas públicas aumentam prejuízo para 900 milhões em 2016
A Comissão Europeia aponta progressos quanto à sustentabilidade das empresas públicas com as medidas de racionalização e fusões entre empresas, assim como aumentos de capital realizados pelo Estado. Os resultados este ano serão contudo piores do que em 2015.
A Comissão Europeia sublinha, no relatório pós-programa de ajustamento divulgado esta segunda-feira, que em Portugal houve progressos relativamente à sustentabilidade financeira das empresas públicas. No entanto, estima que em 2016 estas empresas registem um prejuízo da ordem dos 900 milhões de euros.
Esse montante, segundo refere, significa uma deterioração em 600 milhões de euros face a 2015, sendo que comparativamente com 2014 revela uma melhoria de 400 milhões.
No documento, Bruxelas sublinha a privatização da Empresa Geral de Fomento e a evolução positiva de obrigações e do justo valor de instrumentos financeiros "deram origem a um indicador EBITDA em 2015 artificialmente inflacionado".
Desta forma, perspectiva que em 2016 as empresas públicas registem uma queda anual, em termos homólogos, de cerca de 685 milhões de euros no EBITDA.
Quanto aos passivos do Sector Empresarial do Estado, Bruxelas refere que a estimativa é que comprimam ainda para 47 mil milhões de euros em 2016, "acrescentando mais 5,7 mil milhões em 2016 aos 2,3 mil milhões de redução que foi feita em 2015", explicado pelas injecções de capital de 2,6 mil milhões que tiveram lugar no ano passado.
No relatório, a Comissão refere ter havido progressos relativos à sustentabilidade destas empresas. "Como resultado das medidas de racionalização e fusões entre empresas, o desempenho operacional das empresas públicas tem vindo a melhorar", afirma Bruxelas, acrescentando que os aumentos de capital realizados pelo Estado também fortaleceram a posição financeira de várias empresas.