A Repsol, que é o segundo maior accionista da Gas Natural com 30,84%, descarta, para já, a fusão com esta companhia.

O presidente da petrolífera espano-argentina, Antonio Brufau, declarou esta manhã que "a Gas Natural é apenas uma eventual oportunidade, mas não é a única. Só no Golfo do México há, por exemplo, 50 companhias igualmente interessantes".

Em Madrid, numa conferência de imprensa, o gestor afirmou que a estratégia de crescimento da Repsol não contempla um crescimento por via de aquisições, mas não esconde estar a estudar oportunidades.

Brufau salientou que a administração "não pode fazer nada que desvalorize a remuneração para os accionistas só por causa da ambição de crescer". O responsável reiterou que a estratégia da Repsol é a de manter a empresa tal qual como está, mas admitiu que "estamos a trabalhar em muitas análises".

A Sacyr, o maior accionistas da Repsol com 20% do seu capital, já defendeu a fusão entre a petrolífera e a Gas Natural. A construtora Sacyr classificou, no final de Março, como "fácil" uma fusão entre a Repsol YPF e a Gas Natural. A opinião é de peso porque foi emitida por Antonio Brufau, presidente da petrolífera, e pelo seu principal accionista, a Sacyr.

* - Jornalista em Madrid, a convite da Repsol