A concessionária decidiu não participar na privatização da gestora de aeroportos.

Em comunicado, a empresa oficializou a decisão, onde diz ter rescindido hoje "por mútuo acordo com a CCR" o Memorando de Entendimento anteriormente celebrado, "para avaliar a oportunidade de aquisição e gestão da ANA – Aeroportos de Portugal e das operações aeroportuárias que a esta incumbem, no quadro de privatização anunciado pelo Governo".

Hoje era o último dia para a entrega das propostas não vinculativas para a privatização da ANA.

Fonte oficial da Brisa explicou ao Negócios que “as actuais condições de mercado implicam que, para a obtenção de uma posição de controlo na ANA, ainda que conjunto, seja necessário um envolvimento muito mais significativo de fundos próprios, não compatível com o momento em que vivemos”. Como recordou, “o enquadramento financeiro nacional e europeu, designadamente ao nível das limitações ao financiamento, impõe uma grande prudência na gestão da exposição ao risco das empresas”.

“Em função das restrições colocadas pela actual conjuntura, a Brisa decidiu focar os seus esforços na gestão da carteira existente de activos, preparando a empresa para um período de crescimento”, disse a mesma fonte, acrescentando que “neste sentido não se perspectiva, no curto prazo, o envolvimento da Brisa em projectos que impliquem esforços significativos de capital”.

“A Brisa considera que a ANA é uma empresa com grande valor estratégico e que terá um papel crítico no desenvolvimento futuro da economia portuguesa”, concluiu a mesma fonte.