A Brisa está, neste momento, a analisar o impacto das medidas impostas pelo ministro da Economia, Manuel Pinho, como condição para dar «luz verde»  à aquisição de uma participação representativa de 40%da Auto-Estradas do Atlântico (AEA).

«Estamos a estudar o conteúdo e o impacto das cinco medidas complementares, assim como a sequência de todo o processo em termos de prazos e procedimentos», revelou fonte oficial da Brisa ao Jornal de Negócios Online.

A concessionária rodoviária, que foi ontem à noite notificada pelo Ministério da Economia sobre o deferimento, diz que «ainda é cedo para tecer comentários aprofundados sobre o processo».

Para já, a empresa congratula o sentido da decisão do ministro da Economia, que dá provimento ao recurso apresentado pela Brisa em 8 de Maio, depois do «chumbo» da Autoridade da Concorrência (AdC) a esta operação.

«É, sobretudo, de realçar o facto positivo de a decisão ter sido tomada pelo Estado dentro dos prazos e que permitirá à Brisa reforçar a posição de 10%, que hoje detém no capital da AEA», afirma a mesma fonte.

O ministro da Economia recorreu ao argumento de «interesses fundamentais para a economia» para aprovar esta operação de concentração. Mas, tendo em conta as observações da instituição liderada por Abel Mateus, em termos de concorrência, Manuel Pinho impõe cinco medidas, entre quais, que a necessidade de consentimento expresso do Estado para a realização de qualquer amortização antecipada, mesmo que parcial, dos contratos de financiamento actualmente contratos pela AEA ou para a sua substituição por quaisquer outros instrumentos financeiros, mesmo que referentes a capitais próprios.