Na sexta-feira, a Sonae SGPS emitiu um comunicado em que desmentiu a notícia de que estariam em negociação com a France Telecom, para comprar a sua participação na Sonaecom.

A operadora francesa detém uma participação de 20% na Sonaecom e tem dito que pretende desfazer-se das suas participações minoritárias.

No entanto, esta hipótese é, para o banco de investimento, “menos provável”, segundo os analistas do BPI que referem que esta “não é a primeira vez que algumas fontes noticiosas especulam sobre uma potencial compra da posição da France Telecom na Sonaecom pela Sonae”.

O BPI considera então “neutral nesta altura” a notícia dada na semana passada pelo Negócios, em que era citado o CEO da France Telecom, Stephane Richard, em entrevista à Bloomberg TV.

Para os analistas Pedro Pinto Oliveira e José Rito, do BPI Equity Research, este cenário é “menos provável porque a Sonae está cada vez mais focada no retalho”, mas também devido ao seu perfil de dívida e às poucas sinergias que poderia obter com a tecnológica.

"Resultado mais provável seria venda numa fusão entre Sonaecom e Zon"

“A nossa postura é de que a Sonae vai trabalhar de perto com a France Telecom de forma a atingir uma solução” para os franceses, que querem desfazer-se das suas participações minoritárias.

“O resultado mais provável seria o de a France Telecom vender a sua participação numa operação que envolvesse um acordo de fusão entre a Sonaecom e a Zon”, diz a nota de análise do BPI Equity Research.

O BPI avalia os títulos da Sonaecom em 2,25 euros por acção, o que lhes conferem um potencial de valorização de 72% e justifica a recomendação de “comprar”.

Hoje, a dona da Optimus perde 2,39% para 1,308 euros por acção.