Na edição de hoje nas bancas, o Jornal de Negócios explica que a PT se desfez da totalidade das acções que detinha na PT Multimedia, vendendo primeiro um bloco de acções ao BPI; depois alienado o resto a um conjunto de accionistas não identificados mas que, segundo Henrique Granadeiro, não são nem accionistas que receberam ações no "spin-off", nem nenhum deles ficou com mais de 2% da PTM.

Com estas vendas, a operadora de telecomunicações sai do capital da Multimedia e deixa a empresa nas mãos da banca.

A venda ficou concluída no início desta semana. Na segunda-feira, a PT procedeu à venda de um bloco de 7,825 milhões de acções da Multimedia ao BPI.

Esta operação não foi comunicada ao mercado, já que a empresa não baixou dos 5%, um limiar em que se tornaria obrigatório a comunicação à CMVM.

O bloco de acções vendido no início da semana teve um preço unitário de 9,05 euros, o que implicou um encaixe de cerca de 70 milhões de euros.

O valor de venda dessa tranche ficou abaixo dos preços que estavam a ser praticados pelo mercado. Nesse dia, as acções da PTM fecharam a valer 9,33 euros, cerca de 3%acima do preço de venda do bloco de acções.

No final do dia de ontem,o BPI veio dizer, em comunicado, que o seu fundo de pensões adquiriu as 7,825 milhões de acções, aumentando a participação imputável ao banco na Multimedia para 7,742%.

Com esta compra, o BPI ultrapassou a Telefónica e a Cinveste na estrutura accionista da PTM.