As acções do Banco BPI, o quinto maior banco português por valor dos activos, seguiam a desvalorizar mais de 6%, depois de Fernando Ulrich, presidente executivo do banco, ter dito hoje aos analistas que está a ponderar a realização de um aumento de capital para reforçar os rácios de capital.

Os títulos da instituição desceram um máximo de 6,65% durante a negociação de hoje, seguindo a perder 6,39% para os 3,66 euros. Com esta queda, o BPI acentua a desvalorização acumulada no ano, para 31,72%, que já retirou lhe mais de 1,29 mil milhões de euros de valor de mercado.

O mercado está a reagir negativamente à hipótese do BPI vir a emitir novas acções para o mercado. Ontem, durante a apresentação de resultados de 2007 – os lucros aumentaram 15% - Fernando Ulrich afirmou: "Não excluímos a realização de um aumento de capital".

Hoje, durante a "conference call" com analistas, o presidente executivo do BPI voltou a dar indicações de que o banco poderá optar por essa solução que visa reforçar o rácio core Tier I para os 5,5%, dos 5% registados no final do ano passado. "A situação financeira e os nossos planos de crescimento justificam um aumento de capital", afirmou Ulrich.

Por enquanto, esta é apenas uma possibilidade. O BPI diz que ainda nada está decido e que se esta for a solução, será submetida à AG de 22 de Abril. Outra solução, para reforçar o rácio de capital, poderá ser a alienação de parte do Banco Fomento de Angola (BFA) e vender 35% que o banco detém na Allianz Portugal.