Em 2007 o BPG seguiu a estratégia iniciada em 2006 nas áreas de Corporate Finance, com a reorientação para projectos de maior dimensão desenvolvidos em países de língua oficial portuguesa, e de Banca Comercial, com a reorientação da sua política de concessão de crédito para um segmento empresarial de maior dimensão. O Banco não avançou, como previsto para 2007, com a criação de um conjunto de balcões de pequena dimensão. Neste ano o Banco aumentou as suas competências na área de Mercados Financeiros e criou, em Abril, a Direcção de Banca de Negócios.

No primeiro semestre de 2007 a rendibilidade do capital próprio e equiparado do BPG aumentou de forma expressiva, tendo ascendido a 7,44% (face a 1,67% em 2006 e a –4,94% no período homólogo do ano anterior). Para este aumento contribuíram, essencialmente, os proveitos por serviços prestados na área de Corporate Finance, uma mais valia obtida com a alienação de uma participação e os resultados relativos à reavaliação de activos ao justo valor.

O rácio de solvabilidade do BPG ascendia a 25,9% no final do primeiro semestre de 2007, tendo baixado 12,1 pontos percentuais (pp) face ao final do período homólogo do ano anterior e 21,8 pp face ao final de 2006. Para esta redução contribuíram, principalmente, os requisitos de fundos próprios para a cobertura do risco das aplicações em títulos. No terceiro trimestre de 2007 o BPG reduziu o saldo destas aplicações, mantendo praticamente inalterados os saldos das aplicações em instituições de crédito e do crédito sobre clientes. Assim, o rácio de solvabilidade do BPG aumentou, ascendendo a 30,3% no final do terceiro trimestre de 2007.

A FUNDAÇÃO ORIENTE, principal accionista do BPG, mantém, e pretende continuar a manter, um forte envolvimento comercial com o Banco, quer por si quer através das suas participadas, designadamente no que se refere a operações bancárias de passivo (constituição de depósitos), prestação de serviços e intermediação financeira.

Considerando o anteriormente referido, a capacidade do BPG em cumprir os compromissos financeiros de curto prazo mantém-se forte (A-2), com tendência estável. No entanto, a CPR manter se-á especialmente atenta à evolução dos seguintes indicadores do Banco: saldo do crédito a clientes e nível de incumprimento do crédito; actividade da área de Corporate Finance, nomeadamente o recebimento e a contabilização dos respectivos success fees; a rendibilidade do Banco; e o impacto no rácio de solvabilidade do Banco da aplicação das regras de Basileia II.

Nota: Os ratings da CPR não constituem recomendações para comprar ou vender. Esta nota não dispensa a leitura do relatório.