A Bouygues, terceira maior construtora do mundo e terceira maior operadora móvel em França, obteve lucros no valor de 69 milhões de euros no primeiro trimestre fiscal, uma vez que a sua unidade de construção inverteu os prejuízos e o negócio móvel adicionou mais clientes.

Os resultados líquidos foram de 69 milhões de euros, contra o prejuízo de 16 milhões de euros de igual período do ano anterior, disse Blandine Delafon, porta-voz da empresa, citada pela Bloomberg.

Sete dos analistas consultados pela agência norte-americana esperavam lucros de 46 milhões de euros.

Os lucros operacionais aumentaram em 71% para os 227 milhões de euros. O presidente executivo, Martin Bouygues, está a expandir a unidade móvel que fundou em 1994 e que é o negócio com o crescimento mais rápido. Para além disso, substituiu a gestão na unidade de construção para inverter os prejuízos provenientes dos atrasos e dos custos de três contratos fora do país.

A Bouygues Telecom contribuiu com 53 milhões de euros nos lucros do primeiro trimestre para a empresa no total, contra os 26 milhões de euros de contributo no período homólogo, uma vez que ganhou clientes.

A Bouygues Construction converteu prejuízos de 12 milhões e euros no primeiro trimestre de 2003 em lucros de 42 milhões de euros, este ano.

«A construção confirmou o seu regresso a um nível satisfatório no que diz respeito aos lucros», disse Bouygues em comunicado.

A empresa conseguiu três quartos das suas receitas da construção, imobiliária e «utilities» e o resto foi proveniente da Bouygues Telecom e da participação que a empresa detém na Francaise 1, canal mais visto em França.

A Bouygues aumentou hoje as previsões para as vendas deste ano para 22,7 mil milhões de euros, depois da anterior estimativa de 22,38 mil milhões de euros.

As acções da empresa francesa seguiam a cair 0,35% para 28,15 euros.