Notícia
Boas práticas fazem estalar verniz entre elite da gestão
O primeiro projecto de auto-regulação de governo das sociedades, que no último ano esteve a ser elaborado sob a alçada de Rui Vilar, presidente do conselho geral do Instituto Português de Corporate Governance (IPCG), acabou por não sair do papel e por gerar uma colisão entre algumas das principais figuras da gestão nacional.
01 de Fevereiro de 2010 às 00:01
O primeiro projecto de auto-regulação de governo das sociedades, que no último ano esteve a ser elaborado sob a alçada de Rui Vilar (na foto), presidente do conselho geral do Instituto Português de Corporate Governance (IPCG), acabou por não sair do papel e por gerar uma colisão entre algumas das principais figuras da gestão nacional.
A aprovação do documento tinha sido agendada para a manhã da passada sexta-feira, numa assembleia geral (AG) que começou e terminou com a demissão de Rui Vilar, João Talone, presidente da direcção, e António Borges, presidente da mesa da assembleia geral.
Os órgãos sociais do IPCG, que terminavam em Março o seu mandato de três anos, entraram em gestão corrente e aguardam agora a realização de eleições para nomeação de uma nova equipa. "Donde obviamente nos excluímos à partida", salientou Talone, dirigindo aos 49 associados presentes.
Em causa, estão divergências quando ao conteúdo do código. Um grupo de grandes cotadas - BCP, BES, Mota Engil, PT, Zon, EDP, REN, Luis Palha da Silva (CEO da Jerónimo Martins) e Vasco Mello (presidente da Brisa) pediu o adiamento da AG a dois dias da sua realização, o que não aconteceu. Pelo que, na véspera, a direcção do IPCG recebeu cartas dessas empresas "confirmando a avaliação negativa do documento e da metodologia, e a autodesvincularem-se" do instituto, explicou Talone, em declarações tornadas públicas no "site" do IPCG.
A aprovação do documento tinha sido agendada para a manhã da passada sexta-feira, numa assembleia geral (AG) que começou e terminou com a demissão de Rui Vilar, João Talone, presidente da direcção, e António Borges, presidente da mesa da assembleia geral.
Em causa, estão divergências quando ao conteúdo do código. Um grupo de grandes cotadas - BCP, BES, Mota Engil, PT, Zon, EDP, REN, Luis Palha da Silva (CEO da Jerónimo Martins) e Vasco Mello (presidente da Brisa) pediu o adiamento da AG a dois dias da sua realização, o que não aconteceu. Pelo que, na véspera, a direcção do IPCG recebeu cartas dessas empresas "confirmando a avaliação negativa do documento e da metodologia, e a autodesvincularem-se" do instituto, explicou Talone, em declarações tornadas públicas no "site" do IPCG.