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BIM gera lucros de 3,64 milhões em 2002

O Banco de Investimento de Moçambique (BIM), controlado pelo BCP, apurou em 2002, no primeiro exercício após a fusão com o Banco Comercial de Moçambique (BCM), resultados líquidos de 3,9 milhões de dólares (3,64 milhões de euros).

18 de Fevereiro de 2003 às 17:09
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O Banco de Investimento de Moçambique (BIM), controlado pelo BCP, apurou em 2002, o primeiro ano de exercício após a fusão com o Banco Comercial de Moçambique (BCM), resultados líquidos de 3,9 milhões de dólares (3,64 milhões de euros), revelou hoje Mário Machungo, presidente da administração, numa sessão de apresentação da operação do BCP em Moçambique.

Digerida a concentração com o BCM, formalizada em Novembro de 2001 - que obrigou em 2002 à constituição de 31 milhões de dólares (28,95 milhões de euros) de provisões para cobrir activos de risco - o BIM afirmou-se como a instituição líder da banca moçambicana, com uma quota de 45% do crédito concedido e 49% dos depósitos.

O BIM representa uma rede de 89 sucursais e 1.505 colaboradores, com um activo total líquido de 585 milhões de dólares e situação líquida de 28 milhões de dólares (26,15 milhões de euros).

O banco cresceu à custa de uma estratégia de segmentação, semelhante à filosofia seguida pelo próprio BCP, e de introdução da banca electrónica, tendo contribuído para a renovação do sector em Moçambique.

À data da fusão, o BIM já era o segundo do «ranking» moçambicano. Contrariando declarações iniciais de manutenção das marcas BIM e BCM - entrado no grupo por via da aquisição do Banco Mello - o BCP acabou por decidir avançar para a fusão legal, depois de obtida luz verde das autoridades moçambicanas.

O BIM nasceu, de raiz, em 1995, reunindo a participação paritária do BCP e do Estado moçambicano. Em 1997 entrou como accionista a IFC, do Banco Mundial, que acabou por exercer a sua opção de venda em 2002 e fez o BCP reforçar para 66,7%.

Actualmente, o restante capital é detido pelo Estado moçambicano, com 23,1% directamente e 10,2% através de instituições financeiras nacionais.

Em 2002, o banco aumentou o capital social em 10 milhões de dólares (9,34 milhões de euros) para 30 milhões (28 milhões de euros), para fazer face à necesssidade de constituir provisões, decorrentes sobretudo da incorporação do BCM, cujo saneamento financeiro custou 114 milhões de dólares (106,46 milhões de euros) em 2000 e 2001.

Para o futuro próximo, o BIM não prevê qualquer reforço de capitais. Christopher de Beck, vice-presidente do BCP [BCP], e responsável pelas operações de internacionalização, afirmou que «o accionista não está à espera de grandes investimentos na operação em Moçambique nem as provisões já realizadas fazem prever a necessidade de reforço de capitais».

Christopher de Beck realçou que o BIM deu em 2002 «um contributo positivo para a conta de exploração do BCP» e que conta com esta operação para «o reforço dos resultados da componente internacional».

O BCP está actualmente na Polónia, onde detém uma quota de 4%, na Grécia, na Turquia e em mercados que têm directamente a ver com Portugal, como é o caso de Moçambique, Angola e Macau.

Para o futuro próximo, o vice-presidente do BCP afirma que «a estratégia é consolidar aquilo que temos», pelo que não estão previstos novos investimentos, nem em África nem noutros países.

As acções do BCP fecharam nos 1,95 euros, a cair 1,02%.

Por Luísa Bessa, em Maputo

A jornalista viajou a convite do BCP

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