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BCP perde 900 milhões em três dias com tomada de mais-valias

Passada a agitada semana da assembleia geral (AG) e o "Investor Day", as acções do BCP continuam a ser alvo da tomada de mais-valias. Na sessão de ontem, os títulos voltaram a deslizar 1,41% para os 3,50 euros, elevando para 7,2% a desvalorização acumulad

06 de Junho de 2007 às 06:20
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Passada a agitada semana da assembleia geral (AG) e o "Investor Day", as acções do BCP continuam a ser alvo da tomada de mais-valias. Na sessão de ontem, os títulos voltaram a deslizar 1,41% para os 3,50 euros, elevando para 7,2% a desvalorização acumulada nas últimas três sessões.

Neste período, a capitalização bolsista do banco baixou em 975 milhões de euros para os actuais 12,639 mil milhões de euros. Operadores de mercado contactados pelo Jornal de Negócios justificam a recente correcção com a tomada de mais-valias que se seguiu ao "rally" da semana passada.

No início da semana passada, os accionistas do banco estiveram reunidos em AG onde as regras para desblindar os estatutos do bancos iriam ser discutidas. Este ponto acabou por cair da ordem de trabalhos e as acções começaram então uma escalada que levou a cotação para níveis de 2002.

De segunda-feira a quinta-feira, as acções valorizaram 10,23% e na sexta-feira, no "Dia do Investidor", os accionistas começaram a embolsar as mais-valias. Apesar da generalidade dos analistas ter aplaudido as metas traçadas por Paulo Teixeira Pinto, as acções chegaram a afundar mais de 5% nesse dia.

No mês anterior ao dia da reunião com analistas e investidores, as acções do BCP acumularam uma valorização superior a 14%, uma vez que as notícias sobre a divisão dos órgãos sociais do banco e a expectativa de que o banco ficou mais vulnerável a uma aquisição atraíram o interesse de muitos investidores.

No "Investor Day", o BCP disse que os lucros por acção acumulados deverão crescer 70% até 2010, num período que os resultados da Polónia e Grécia deverão duplicar. Contudo, nos últimos dias a agitação no BCP tem esfreado, o que explica a desvalorização das acções.

Depois do "Investor Day", os analistas do ES Research classificaram as metas de "agressivas", mas referiam que as acções estariam a valorizar mais ao sabor das especulações de fusões e aquisições, "contra as estratégias defensivas da gestão de Jardim Gonçalves".

A UBS também classificou as metas de "agressivas" e previa que, "depois de falhadas as aquisições do BCR e do BPI e do sucesso da revolta dos accionistas na última AG, o espaço para decepções na performance das acções é limitado".

A UBS recomenda "comprar" acções do banco liderado por Paulo Teixeira Pinto, com um "preço-alvo" de 3,70 euros. "Com o Banif, BES e BPI a transaccionarem com um PER para 2008 de 14, não encontramos razões para justificar o porquê do BCP transaccionar a 12 vezes os lucros por acção, com perspectivas de crescimento similares", referem os analistas da UBS.

Na sequência do "Investor Day", a Lisbon Brokers e o Dresdner aumentaram o preço-alvo para as acções do BCP em 14,2% para os 4,00 euros e em 19% para os 3,16 euros, respectivamente. O "target" do banco alemão continua bem abaixo da actual cotação.

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