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BCP penalizado por preocupações "exageradas" com a dívida portuguesa

O desempenho negativo em bolsa do BCP está relacionado com preocupações dos investidores com a dívida portuguesa que, para a Espírito Santo Research, são "exageradas". A suposta necessidade de um aumento de capital também penalizou, mas a casa de investimento acredita que o banco "sobrevive" sem recorrer a tal.

19 de Janeiro de 2010 às 18:53
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O desempenho negativo em bolsa do BCP está relacionado com preocupações dos investidores com a dívida portuguesa que, para a Espírito Santo Research, são “exageradas”. A suposta necessidade de um aumento de capital também penalizou, mas a casa de investimento acredita que o banco “sobrevive” sem recorrer a tal.

Numa nota de “research”, os analistas Tiago Dionísio e Ignacio Ulargui referem que o BCP desvalorizou mais 6% que o PSI-20 e que os congéneres europeus na semana passada e mais 1 e 3%, respectivamente, desde o início do ano.

Segundo a mesma fonte, este desempenho está relacionado essencialmente com dois factores. Em primeiro lugar, as preocupações dos investidores portugueses com as contas públicas agravaram-se depois da S&P ter cortado a dívida grega.

Portugal “está em muito melhor forma do que a Grécia”

Embora relativamente pequeno, o BCP tem uma unidade de negócio na Grécia, mas para os especialistas, embora Portugal tenha pela frente muito trabalho para controlar as suas contas, “está em muito melhor forma do que a Grécia”e, por isso, não “é comparável”. E recordam as recentes previsões de que o pais irá expandir-se entre 0,5 e 0,8% em 2010.

Exemplificando as diferenças, em 2009, o défice orçamental deverá atingir os 8% do PIB em Portugal, enquanto na Grécia deverá alcançar os 13%. Já a dívida pública deverá ser de 85% do PEB em 2010 contra os 125% na Grécia. “Cenários bem distintos”, justificam os especialistas.

BCP “sobrevive” sem aumento de capital

O outro factor que tem penalizado está relacionado com as preocupações que têm sido despoletadas pela necessidade do BCP ter que fazer um aumento de capital. “Apesar de ter uma posição de solvência mais fraca do que os seus pares, o BCP poderá sobreviver sem recorrer a um aumento de capital”, acrescenta a Espírito Santo Research.

O BCP “cumpre totalmente” os requisitos em termos de rácios de solvabilidade exigidos pelo Banco de Portugal, sublinham os analistas.

A Espírito Santo Reserach realça que tem um preço-alvo de 1,20 euros com a recomendação de “compra”, valor que representa um potencial de valorização de 43%.

As acções do BCP fecharam inalteradas em 0,84 euros.

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