O Banco Comercial Português (BCP) emitiu hoje um comunicado, em que revela que não alterará a oferta pública de aquisição (OPA) sob a Mundial Confiança mesmo que o Tribunal Europeu de Justiça levante a limitação dos direitos de voto nas instituições do Grupo Mundial Confiança.

Para a instituição financeira presidida por Jardim Gonçalves (na foto), «tal limitação é estatutária e decorre da própria lei, pelo que nenhuma decisão contrária proferida pelo Tribunal de Justiça Europeu pode anular a limitação dos direitos de voto, como foi confirmado pelo Supremo Tribunal de Justiça português».

Em relação às políticas divergentes verificadas entre a Comissão Europeia e o Governo português, no que diz respeito ao negócio Santader/Champalimaud, «é razão suficiente para o BCP não se pronunciar», explica a instituição financeira. Contudo para o BCP, «a Comissão Europeia parece agora determinada a influenciar o negócio», depois de em 16 de Agosto ter dado o seu aval à oferta do BCP pelo Grupo Mundial confiança. O BCP espera «que a OPA obtenha sucesso num mercado livre e sem distorções».

As acções do BCP encerraram hoje a registar uma valorização de 0,29% fixando o seu preço nos 27,58 euros (5.529 escudos).