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BCP afunda quase 6% e BPI sobe com final das negociações
As acções do BCP negociavam em queda de quase 6% para os 3,09 euros, e o BPI valorizava mais de 1% para os 5,75 euros. Esta é a primeira reacção do mercado ao final das negociações com vista à fusão que levaria à criação do maior banco nacional e terceiro
As acções do BCP negociavam em queda de quase 6% para os 3,09 euros, e o BPI valorizava mais de 1% para os 5,75 euros. Esta é a primeira reacção do mercado ao final das negociações com vista à fusão que levaria à criação do maior banco nacional e terceiro "player" da Península Ibérica.
O Banco Comercial Português (BCP) [BCP] negociava em queda de máxima de 5,99%% para os 3,09 euros, enquanto o Banco BPI [BPIN] avançava 1,41% para os 5,75 euros.
Ontem ao final do dia, ambos os bancos emitiram comunicados à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) onde davam conta do final das negociações com vista a uma eventual fusão entre as duas instituições.
Os comunicados não explicitavam as razões para o não entendimento, mas a edição de hoje do Jornal de Negócios avança que a falta de acordo em relação ao rácio de troca terá sido determinante.
A proposta inicial de fusão foi feita pelo BPI a 25 de Outubro. A equipa de gestão liderada por Fernando Ulrich propunha a entrega de duas acções do BCP por uma nova acção da instituição que resultasse da fusão, o Banco Millennium BPI.
A equipa liderada por Filipe Pinhal terá contraposto com um rácio mais favorável de 1,8 acções, uma condição que não foi aceite pelo BPI.
As cotações da última sexta-feira (BCP a 3,17 euros e BPI a 5,67 euros) indicavam que o mercado estava a incorporar um rácio de troca semelhante de 1,78.
Desde o anúncio da proposta de fusão, a 25 de Outubro, o BCP deslizou 0,63% e o BPI desvalorizou 12,9%. Ambos perderam, em capitalização bolsista, um total de 711 milhões de euros.