O processo de fusão da operadora espanhola Telefónica com a holandesa KPN enfrenta um número cada vez maior de opositores. O Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA), juntou a sua voz à do ministro das finanças, Rodrigo Rato na contestação a esta operação.

Em ambos os casos, o desagrado manifestado pelo BBVA deve-se à forte participação de capitais públicos na KPN. Tal como este banco espanhol, o La Caixa quer também manter uma posição forte no capital da operadora de telecomunicações. Tal seria impossível se o Governo holandês mantivesse a sua participação de 43% no capital da KPN, visto que este passaria a ter cerca de 17% da nova «holding» e o BBVA e La Caixa viriam reduzidas as suas participações para 6% e 3%, respectivamente.

Ao que apurou o Cinco Dias junto de fontes ligadas ao processo, existe também uma opinião negativa de alguns dos conselheiros independentes da Telefónica sobre esta fusão. O conselho de administração da Telefónica, ontem reunido, não chegou a nenhum consenso acerca da fusão com a KPN.

A Telefónica cotava nos 25,97 euros (5.206 escudos), a perder 0,69% do valor de fecho de ontem.