Notícia
Barclays Portugal será vendido e não encerrado
Presidente do BIC Português admite interesse nalguns balcões, trabalhadores e negócios do banco.
O negócio de banca de retalho do Barclays em Portugal vai ser vendido e não encerrado, à semelhança do que acontecerá com as restantes operações do grupo britânico na Europa continental, que inclui ainda as presenças em Espanha, França e Itália. A garantia foi dada pelo presidente da instituição, Antony Jenkins, na sexta-feira, numa vídeo-conferência com os trabalhadores do grupo, em que o banqueiro adiantou ainda que não há um prazo limite para concretizar a intenção de alienação.
A venda foi também o cenário apresentado pelos dirigentes da instituição em Portugal ao Sindicato Nacional dos Quadros Técnicos Bancários (SNQTB). Em comunicado, esta estrutura revelou que os responsáveis do Barclays em Lisboa sublinharam que "uma das preocupações, no caso de alienação, será a salvaguarda do maior número de postos de trabalho".
frisa a nota do SNQTB, segundo a qual o banco manterá no país o negócio de grandes e médias empresas, assim como de "private banking".
Em 2012 e 2013, o Barclays Portugal levou a cabo um processo de reestruturação que implicou a saída de mais de 500 trabalhadores, designadamente através de rescisões amigáveis, o que reduziu o quadro de pessoal a menos de 1.700 colaboradores. Além disso, o banco encerrou cerca de 120 balcões, reduzindo a sua rede de distribuição a pouco mais de 150 agências.
O BIC Português admite comprar "alguns balcões do Barclays e de outros bancos localizados em sítios em que precisamos de novos balcões", adiantou Luís Mira Amaral, líder executivo do banco ao Negócios.
"Também admito ficar com algumas pessoas que sejam válidas e até com parte do negócio", assumiu o banqueiro, explicando que, nos últimos meses, o BIC Português tem avaliado a oportunidade de adquirir agências que outras instituições têm encerrado. É que abrir balcões em lojas onde já houve uma agência bancária reduz custos de instalação.