O presidente da Galpenergia, Bandeira Vieira, pediu ao ministro da Economia a demissão do vice-presidente da «holding» e responsável pelos negócios do gás natural, António Mexia, noticia hoje o «Diário Económico».

Mário Cristina de Sousa, ministro da Economia, não se comprometeu em relação ao presidente da Galpenergia, o governo pretende resolver a instabilidade na administração do grupo nas próximas semanas.

A divergência de estratégias estarão na origem do conflito, com o petróleo a colocar-se em plano privilegiado em relação ao gás natural, o combustível eleito pelo governo como prioritário, na sua política energética.

A concentração dos dois negócios numa «holding» mereceu fortes críticas dos partidos da oposição e dos principais agentes económicos, que consideraram estes negócios concorrentes.

Este quadro de instabilidade começou desde a comissão de inquérito parlamentar. A actuação do presidente da «holding» foi contestada, na questão da escolha de parceiro estratégico.

As conclusões dos deputados, que indicaram claramente para a criação de um núcleo duro de accionistas nacionais, que contrarie o eventual controlo da Galp pelos italianos da Eni. A fusão da Iberdrola e Endesa ainda suscitaram mais dúvidas adicionais em relação à estabilidade accionista da «holding».