Notícia
Bancos italianos deslizam em bolsa com Parmalat em apuros
Os bancos italianos estão hoje em queda na Bolsa de Milão, devido às perspectivas que a Parmalat poderão não ser capaz de cumprir o pagamento das suas dívidas. O Intesa, um dos maiores accionistas do BCP, desvalorizava 6,5%.
Os bancos italianos estão hoje em queda na Bolsa de Milão, devido às perspectivas que a Parmalat poderão não ser capaz de cumprir o pagamento das suas dívidas. O Intesa, um dos maiores accionistas do BCP, desvalorizava 6,5%.
A situação financeira da Parmalat está cada vez mais complicada, depois de o Bank of América ter rejeitado a autenticidade de documentos de uma filial da empresa italiana, que garantia a existência de uma conta onde a Parmalat detinha dinheiro e activos no valor de 3,95 mil milhões de euros.
A empresa italiana tem empréstimos bancários no valor de 2 mil milhões de euros e obrigações emitidas no valor de 4 mil milhões de euros.
Os bancos italianos mais expostos à Parmalat são os que sofrem hoje a maior queda em Bolsa. O Capitália, quarto maior banco de Itália que emprestou 393 milhões de euros, atingiu uma desvalorização máxima de 8,51% para 2,28 euros por acção.
Entre outros bancos que também emprestaram dinheiro à Parmalat, o Banca Nonte dei Pashi caia 3,2%, o Credito Emiliano depreciava 4,8%.
O Banco Intesa, accionista do Banco Comercial Português, apesar de não ter divulgado se emprestou dinheiro à Parmalat, desvalorizava 6,49% para os 3,1 euros, sendo o principal responsável pela queda do índice de acções da Bolsa de Milão, o MIBTEL, que baixava 0,55%, em contraciclo com a Europa.
A Parmalat tem 6 mil milhões de euros de dívidas e na semana passada evitou uma falência depois de ter pago, com atraso, obrigações no valor de 150 milhões de euros. As agências de notação financeira já cortaram o «rating» da Parmalat para «junk», pois duvidam da capacidade da companhia em cumprir as suas obrigações financeiras.
As acções da Parmalat foram suspensas de negociação depois de terem registado uma queda máxima superior a 10%.