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Banco Espírito Santo investigado na Madeira a pedido de Espanha

O Banco Espírito Santo (BES), no Funchal, foi esta sexta-feira alvo de buscas. Polícia Judiciária (PJ), polícia espanhola, Ministério Público de Portugal e Espanha e Juiz de Instrução, cumpriram mandados de busca em resposta ao pedido de cooperação das au

15 de Dezembro de 2006 às 20:47
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O Banco Espírito Santo (BES), no Funchal, foi esta sexta-feira alvo de buscas. Polícia Judiciária (PJ), polícia espanhola, Ministério Público de Portugal e Espanha e Juiz de Instrução, cumpriram mandados de busca em resposta ao pedido de cooperação das autoridades espanholas.

Segundo noticiou esta noite a SIC, um grupo ibérico de investigadores está desde a manhã desta sexta-feira na dependência do BES, no Funchal.

De acordo com a mesma fonte, a equipa é constituída por um juiz de instrução português, inspectores da PJ e inspectores da polícia espanhola, procuradores espanhóis e dois procuradores portugueses, um homem e uma mulher.

Apuram factos relacionados com a "Operação Suéter", uma investigação conduzida pelo juiz espanhol Baltazar Garzon relacionada com branqueamento de capitais e evasão fiscal. A "Operação Suéter" tem origem em Espanha e ramificações em Portugal e está no terreno há dez meses.

Há um mês, as autoridades espanholas fizeram buscas no BES de Madrid e de Barcelona, no BNP PARIBAS e na seguradora Cahispa.

As suspeitas são de branqueamento de capitais e fuga ao fisco. Nessa altura, em Espanha foram congeladas contas no BES no valor de 5,5 milhões de euros.

As ramificações portuguesas levaram o juiz espanhol a assinar um pedido de colaboração com as autoridades portuguesas.

A Guardia Civil espanhola tenta desfazer os nós de um esquema onde se suspeita existir a ocultação da origem de elevadas somas de dinheiro depositadas em instituições bancárias espanholas.

As investigações no terreno levaram ao congelamento de mil e 800 milhões de euros. Um jornal espanhol, de Barcelona, publicou, entretanto, uma notícia em que se afirma que essa soma pertence por inteiro ao BNP Paribas. A verba, garante o banco citado pelo jornal, estava depositada numa filial irlandesa e era usada em operações financeiras legais.

Nas duas dependências espanholas do BES as autoridades bloquearam cinco milhões e meio de euros.

Há um mês, quando a operação conduzida pelo juiz Baltazar Garzon arrancou, as investigações da Guardia Civil espanhola estabeleceram uma ponte com a Zona Franca da Madeira, onde teriam sido criadas diversas sociedades. Algumas delas, suspeitam as autoridades espanholas, terão sido criadas por uma filial do BES no Funchal.

Foram estas suspeitas que levaram Baltazar Garzon a pedir a colaboração das autoridades portuguesas para nova operação de averiguações.

O procurador português, Rosário Teixeira, é o responsável pela investigação da "Operação Furacão" - uma mega acção nacional, no terreno há quase dois anos.

A "Operação Furacão" investiga suspeitas de branqueamento de capitais e fraude fiscal. Envolve dezenas de empresas portuguesas e quatro grupos bancários nacionais, entre os quais o BES.

O porta-voz do BES afirmou à SIC que estas investigações na Madeira já eram esperadas. Surgem na sequência da "Operação Suéter".

O banco português mantém a colaboração com as autoridades e insiste de que tudo isto não passa de um equívoco.
O BES reafirma não ter tido neste processo qualquer comportamento ilegal ou ilegítimo em Espanha ou na Zona Franca da Madeira.

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