Notícia
Banco Europeu de Investimento alvo de acusações de assédio e relatos de mal-estar no trabalho
Uma investigação realizada pela Bloomberg menciona o segundo suicídio na sede do BEI no espaço de sete anos, assim como relatos de acusações de assédio na instituição financeira.
19 de Abril de 2021 às 16:03
Numa investigação divulgada esta segunda-feira, a Bloomberg dá conta de denúncias de situações de assédio, "bullying", "burnout" e discriminação no Banco Europeu de Investimento (BEI), no Luxemburgo. Esta investigação, que menciona ainda os suicídios de duas trabalhadoras no local de trabalho, recorreu a dezenas de entrevistas com antigos e atuais trabalhadores da instituição, que relatam um "clima de medo pouco saudável" vivido no banco.
A agência refere que os representantes dos trabalhadores suspeitam de uma possível ligação entre as duas mortes no local de trabalho, ocorridas em 2013 e 2020, e as condições de trabalho vividas no banco. Os representantes eleitos pelos trabalhadores pediram uma investigação aprofundada em 2016; nessa altura, dois psicólogos contratados pelo banco para aconselhar os trabalhadores alertavam para "risco de suicídio" entre os colaboradores, refere a Bloomberg. Desde então são realizados relatórios anuais às condições de trabalho, diz a agência.
Os relatos ouvidos pela Bloomberg referem que, no caso das mulheres, que compõem cerca de metade da força de trabalho de 3.500 pessoas do BEI, haverá situações de promoções perdidas para colegas menos qualificados ou estagnação da carreira após a maternidade.
Em resposta à agência, o Banco Europeu de Investimento afirma que "não há provas que liguem as mortes ao ambiente de trabalho". A mesma missiva refere que a instituição financeira tem feito "progressos consideráveis na igualdade de género" ao longo dos últimos anos. O banco indica ainda que, nesta primavera, está planeada uma "avaliação de risco psicossocial" dos trabalhadores, assim como um novo plano dedicado à saúde mental, que deverá ser implementado mais tarde, este ano.
O BEI indica ainda que, das 21 queixas formais de assédio recebidas desde 2013, cinco terão sido rejeitadas por não envolverem assédio, não terem provas ou, num dos casos, não envolverem o banco.
A agência refere que os representantes dos trabalhadores suspeitam de uma possível ligação entre as duas mortes no local de trabalho, ocorridas em 2013 e 2020, e as condições de trabalho vividas no banco. Os representantes eleitos pelos trabalhadores pediram uma investigação aprofundada em 2016; nessa altura, dois psicólogos contratados pelo banco para aconselhar os trabalhadores alertavam para "risco de suicídio" entre os colaboradores, refere a Bloomberg. Desde então são realizados relatórios anuais às condições de trabalho, diz a agência.
Em resposta à agência, o Banco Europeu de Investimento afirma que "não há provas que liguem as mortes ao ambiente de trabalho". A mesma missiva refere que a instituição financeira tem feito "progressos consideráveis na igualdade de género" ao longo dos últimos anos. O banco indica ainda que, nesta primavera, está planeada uma "avaliação de risco psicossocial" dos trabalhadores, assim como um novo plano dedicado à saúde mental, que deverá ser implementado mais tarde, este ano.
O BEI indica ainda que, das 21 queixas formais de assédio recebidas desde 2013, cinco terão sido rejeitadas por não envolverem assédio, não terem provas ou, num dos casos, não envolverem o banco.