A banca pagou pelos lucros de 2005 mais 15% de impostos que no ano anterior, ou seja, mais 67 milhões de euros. Uma subida que contrasta com o crescimento obtido nos lucros do ano passado, superiores em 30% aos de 2004.

Estes números constam do boletim informativo da Associação Portuguesa de Bancos (APB), divulgado ontem, e que inclui os resultados de 47 instituições, ou seja, de 97% do sector.

Talvez devido à polémica que os impostos pagos pela banca normalmente levanta, a associação faz questão de explicar que o sector suporta, para além do IRC, «vários encargos de natureza parafiscal relacionados com a previdência social e saúde dos seus trabalhadores (...) em valores bastante significativos».

Estes atingiram os 1,82 mil milhões de euros no ano passado, 51,6% acima dos encargos de 2004. Uma forte subida que resultará sobretudo da adopção das novas normas contabilísticas.

Os dados da APB mostram ainda que as Finanças arrecadaram, em 2005, quase 1,76 mil milhões de euros de IRS, IRC e imposto do selo cobrado pelos bancos aos seus clientes por conta da administração fiscal. Valor que representa um aumento de 17%, face ao ano anterior.