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Banca espanhola estima em 22 mil milhões provisões para imobiliário

Os bancos espanhóis calculam em 22 mil milhões de euros as provisões para crédito imobiliário que vão ter de fazer por causa das novas exigências governamentais. Mais de metade deste valor está concentrado no Bankia, Santander, Popular, CaixaBank e BBVA.

14 de Maio de 2012 às 11:10
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O sector financeiro espanhol vai ter de criar almofadas de 22 mil milhões de euros para o malparado no crédito imobiliário, em linha com as exigências anunciadas na sexta-feira pelo governo de Madrid e que visam recuperar a credibilidade da banca espanhola. O valor das provisões calculadas pelas instituições financeiras fica aquém dos 28 mil milhões de euros inicialmente calculados pelo executivo de Mariano Rajoy.

Mais de metade das necessidades da banca espanhola, 13,6 mil milhões, estão concentradas em cinco dos maiores bancos espanhóis: Bankia, Santander, Popular, CaixaBank e BBVA, segundo noticia o “Cinco Dias”.

O banco cuja nacionalização desencadeou a nova onda de medidas é a instituição que terá que fazer maior esforço, necessitando de um total de 4,72 mil milhões. Segue-se o Santander, com necessidades de 2,7 mil milhões, além dos 2,3 mil milhões que tinha de registar devido às regras aprovadas em Fevereiro.

O Banco Popular terá de constituir 2,3 mil milhões em provisões, dos quais 1,7 mil milhões relativos a esta instituição e 619 milhões relativos ao recentemente integrado Banco Pastor.

O CaixaBank vai pôr de parte 2,1 mil milhões, esforço que a instituição liderada por Isidro Iainé pretende cobrir com os resultados gerados este ano, mas o que baixará o seu rácio de solvabilidade mais exigente (“core tier one”) de 12,4% para 11,3%, ainda assim acima dos 9% exigidos pela Autoridade Bancária Europeia (EBA), sublinha o jornal.

Já o BBVA quantifica em 1,8 mil milhões de euros as provisões adicionais para crédito imobiliário.

Entre os maiores bancos espanhóis, o Sabadell é o que apresenta menores necessidades, estimando que as novas provisões sejam de 421 milhões de euros, dos quais 176 milhões relativos à recentemente integrada Caja del Mediterráneo (CAM).

Entre as instituições criadas a partir de “cajas de ahorros”, com maior exposição ao crédito imobiliário, as novas regras vão exigir almofadas adicionais de mil milhões de euros à Novagalicia, de 888 milhões ao Unicaja Banco e Banco Ceiss, 995 milhões ao Catalunya Banc e 640 milhões ao Banco Mere Nostrum.
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