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Banca da Zona Euro está globalmente bem capitalizada, indica BCE

Os bancos da Zona Euro continuaram a demonstrar resiliência, com posições robustas de capital e de liquidez, apesar do ambiente económico incerto.

O euro digital passou para a próxima fase, a de preparação. Após ser concluído o processo legislativo da UE o BCE decide se vai emitir a moeda virtual, o que poderá ter impacto na banca.
Wolfgang Rattay/Reuters
Lusa 21 de Março de 2024 às 07:44
O Banco Central Europeu (BCE) considera que as instituições financeiras da Zona Euro demonstraram resiliência no ano passado, estando bem capitalizadas, e com capacidade para resistir a uma recessão económica grave.

As conclusões constam do relatório anual de supervisão do BCE sobre as atividades de supervisão de 2023, divulgado esta quinta-feira.

"O Processo de Revisão e Avaliação para Supervisão (SREP) de 2023 confirmou que os bancos da Zona Euro continuaram a demonstrar resiliência, com posições robustas de capital e de liquidez, apesar do ambiente económico incerto", pode ler-se no relatório.

O BCE considera que os bancos da Zona Euro "estão globalmente bem capitalizados", indicando que o rácio agregado de fundos próprios Common Equity Tier 1 (CET1) das instituições significativas (SI) regressou aos máximos históricos registados em 2021, fixando-se em 15,6% no terceiro trimestre de 2023, enquanto atingiu 17,7% para as instituições menos significativas (ILS).

De acordo com os dados divulgados, os rácios de alavancagem agregados também melhoraram, atingindo 5,6% (mais 0,5 pontos percentuais) para as instituições significativas e 9,3% (mais 0,7 pontos percentuais) para as instituições menos significativas.

O BCE recorda ainda que os resultados do teste de esforço de 2023 mostraram que o setor bancário da área zona euro "poderia resistir a uma grave recessão económica".

No cenário adverso citado pelo relatório, o rácio CET1 cairia, em média, 4,8 pontos percentuais, para 10,4%, no final de 2025.

"A melhoria acentuada na qualidade dos ativos e na rentabilidade dos bancos em comparação com os exercícios anteriores, juntamente com a significativa acumulação de capital ao longo da última década, ajudou os bancos a resistir à elevada severidade do cenário adverso", refere.

Ainda assim, assinala que os testes de esforço também identificaram "potenciais vulnerabilidades", apelando para a monitorização contínua dos riscos.
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