Notícia
Autoeuropa reduz produção mas quer manter postos de trabalho em 2013
A administração da Autoeuropa anunciou hoje uma paragem de 8 de Dezembro a 7 de Janeiro de 2013, para fazer face à quebra de encomendas, mas garante que está adoptar medidas para manter os postos de trabalho em 2013.
19 de Novembro de 2012 às 13:00
"Vamos trabalhar até dia 7 de Dezembro, mas depois há uma paragem de 11 dias ('downdays'), a que se seguem as habituais férias de Natal", disse hoje a porta-voz da empresa, Carmo Jardim, adiantando que a "produção será retomada no dia 8 de Janeiro de 2013".
O Negócios tinha já noticiado que a Autoeuropa estava a ponderar fechar durante um mês, o que foi hoje confirmado pela empresa.
"Estão ainda previstos mais dois dias de não produção, a 18 e 25 de Janeiro, duas sextas-feiras", acrescentou.
Carmo Jardim falava à Lusa após uma reunião interna em que a administração da empresa comunicou aos trabalhadores que se estava a preparar para um cenário de menor volume de produção em 2013, mas que não estava a considerar a hipótese de cancelar contratos de trabalho.
Em comunicado, a administração da Autoeuropa garante ainda que irá trabalhar em conjunto com a Comissão de Trabalhadores, com o Governo português e com o Grupo Volkswagen, "para a implementação de medidas que garantam a manutenção de todos os postos de trabalho em 2013".
Para além das ferramentas de flexibilidade laboral, como é o caso dos 'downdays', as medidas a adoptar incluem a produção adicional de peças e ferramentas para outras fábricas do grupo Volkswagen, programas de formação profissional e o destacamento de grupos de colaboradores para outras fábricas da Volkswagen em períodos de lançamento de novos produtos.
Na intervenção que dirigiu esta segunda-feira aos colaboradores da Autoeuropa, o director-geral, António de Melo Pires, afirmou que a "imagem de qualidade e competência técnica que a Volkswagen Autoeuropa e os seus colaboradores conquistaram no universo industrial do grupo Volkswagen, permite encarar com optimismo os desafios colocados por um momento tão crítico da economia internacional".
De acordo com os dados disponibilizados pela Autoeuropa, a fábrica de Palmela produziu um total de 101.457 veículos de Janeiro a Outubro deste ano, o que corresponde a uma quebra de 11,1% em relação à produção no mesmo período do ano passado, em que produziu 114.151 veículos.
Apesar da crise no sector automóvel, a Autoeuropa produziu este ano mais viaturas Volkswagen Sharan (mais 17%) e Seat Alhambra (mais 3%) do que no ano passado.
Este registo positivo não foi, no entanto, suficiente para compensar as fortes quebras que se verificaram nas encomendas do Volkswagen Eos (menos 47%) e no Volkswagen Scirocco (menos 18%).
Para além das dificuldades que se verificam no mercado automóvel, a Autoeuropa está ainda a ser confrontada com problemas adicionais na exportação de veículos, devido à greve dos trabalhadores portuários.
De acordo com dados da empresa, a Autoeuropa aguarda pelo embarque de cerca de dez mil veículos que já deveriam ter sido entregues aos clientes há uma semana, mas que ainda não saíram do País devido à greve dos trabalhadores do porto de Setúbal.
Dado que cerca de 80% dos veículos produzidos pela Autoeuropa são exportados a partir do porto de Setúbal, e atendendo a que a greve dos trabalhadores portuários se poderá prolongar até 27 de Novembro, a empresa já começou a ponderar eventuais alternativas, que poderão passar pela utilização dos portos espanhóis de Vigo ou Santander.
O Negócios tinha já noticiado que a Autoeuropa estava a ponderar fechar durante um mês, o que foi hoje confirmado pela empresa.
Carmo Jardim falava à Lusa após uma reunião interna em que a administração da empresa comunicou aos trabalhadores que se estava a preparar para um cenário de menor volume de produção em 2013, mas que não estava a considerar a hipótese de cancelar contratos de trabalho.
Em comunicado, a administração da Autoeuropa garante ainda que irá trabalhar em conjunto com a Comissão de Trabalhadores, com o Governo português e com o Grupo Volkswagen, "para a implementação de medidas que garantam a manutenção de todos os postos de trabalho em 2013".
Para além das ferramentas de flexibilidade laboral, como é o caso dos 'downdays', as medidas a adoptar incluem a produção adicional de peças e ferramentas para outras fábricas do grupo Volkswagen, programas de formação profissional e o destacamento de grupos de colaboradores para outras fábricas da Volkswagen em períodos de lançamento de novos produtos.
Na intervenção que dirigiu esta segunda-feira aos colaboradores da Autoeuropa, o director-geral, António de Melo Pires, afirmou que a "imagem de qualidade e competência técnica que a Volkswagen Autoeuropa e os seus colaboradores conquistaram no universo industrial do grupo Volkswagen, permite encarar com optimismo os desafios colocados por um momento tão crítico da economia internacional".
De acordo com os dados disponibilizados pela Autoeuropa, a fábrica de Palmela produziu um total de 101.457 veículos de Janeiro a Outubro deste ano, o que corresponde a uma quebra de 11,1% em relação à produção no mesmo período do ano passado, em que produziu 114.151 veículos.
Apesar da crise no sector automóvel, a Autoeuropa produziu este ano mais viaturas Volkswagen Sharan (mais 17%) e Seat Alhambra (mais 3%) do que no ano passado.
Este registo positivo não foi, no entanto, suficiente para compensar as fortes quebras que se verificaram nas encomendas do Volkswagen Eos (menos 47%) e no Volkswagen Scirocco (menos 18%).
Para além das dificuldades que se verificam no mercado automóvel, a Autoeuropa está ainda a ser confrontada com problemas adicionais na exportação de veículos, devido à greve dos trabalhadores portuários.
De acordo com dados da empresa, a Autoeuropa aguarda pelo embarque de cerca de dez mil veículos que já deveriam ter sido entregues aos clientes há uma semana, mas que ainda não saíram do País devido à greve dos trabalhadores do porto de Setúbal.
Dado que cerca de 80% dos veículos produzidos pela Autoeuropa são exportados a partir do porto de Setúbal, e atendendo a que a greve dos trabalhadores portuários se poderá prolongar até 27 de Novembro, a empresa já começou a ponderar eventuais alternativas, que poderão passar pela utilização dos portos espanhóis de Vigo ou Santander.