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Aumento do consumo de gás pode gerar problemas de fornecimento

O aumento do consumo de gás em Espanha pode provocar o colapso do sistema durante o próximo Inverno, noticiou a edição de hoje do "Expansión" .

11 de Outubro de 2006 às 12:11
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O aumento do consumo de gás em Espanha pode provocar o colapso do sistema durante o próximo Inverno, noticiou a edição de hoje do "Expansión" .

Segundo o jornal espanhol, o crescimento do consumo de gás natural em Espanha pode gerar problemas de fornecimento durante os meses de Inverno. Esta possibilidade foi adiantada pela empresa Enagás, que está encarregue da gestão do sistema de gás em Espanha.

Entretanto, a Enagás já está a preparar "medidas de restrição que evitem graves cortes de abastecimento durante os dias mais frios".

Javier Alcaide, director de Planeamento e Estudos da Enagás, explicou que o aumento da procura de gás, em especial por parte das centrais eléctricas, pode saturar os gasodutos.

Os principais problemas podem ocorrer nas redes do mediterrâneo "onde existe um congestionamento de transporte". Esta situação pode, ainda, limitar a capacidade de importação de gás de Cartagena e de Sagunto, em Valência. As duas instalações podem injectar cerca de 600 gWh por dia no sistema mas no próximo Inverno esta valor pode descer para 500 gWh.

"Não é possível que Cartagena e de Sagunto funcionem simultaneamente na máxima capacidade", disse Alcaide.

O mesmo pode acontecer com a instalação de importação de Barcelona que pode ver a sua capacidade reduzida de 500 para 400 gWh, devido à saturação das infra-estruturas de transporte.

A utilização do gás como combustível para gerar electricidade é a principal causa para o aumento da procura. O funcionamento das centrais da Endesa, Iberdrola, Unión Fenosa e Gás Natural pode fazer disparar a procura total em 30% até aos 2.000 gWh.

Em caso de se confirmarem os problemas de fornecimento, a Enagás irá cortar o abastecimento as centrais eléctricas em primeiro lugar.

Para evitar problemas de fornecimento, a Enagás já elaborou um plano de restrições onde estabelece, entre outras medidas, que os revendedores deverão ter reservas mínimas para três dias, o gasoduto da Argélia terá de dispor de 13 gWh diários suplementares e a limitação de exportações de gás para França.

As empresas de importação e comercialização de gás já manifestaram a sua preocupação em relação a esta situação.

"O sistema de gás é vulnerável a incidentes imprevistos e a aumentos da procura", referiu Conrado Navarro, responsável da Iberdrola. Alberto Hernández, da Endesa, acrescentou que pode verificar-se uma situação caótica caso haja atrasos na chegada dos barcos de transporte de gás a Espanha. Dado o crescimento do consumo de gás "tem faltado investimento nas infra-estruturas", criticou Pedro Gutiérrez, director da área de gás da Cepsa.

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