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Aumento de capital coloca rácio do BES acima dos 7%

O Banco Espírito Santo anunciou sexta-feira que fixou o preço do aumento de capital entre 8,5 e 10,5 euros por acção, o que vai possibilitar ao banco um encaixe superior a 1,2 mil milhões de euros e uma melhoria no rácio de capital «core» para valores su

03 de Abril de 2006 às 10:34
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O Banco Espírito Santo anunciou sexta-feira que fixou o preço do aumento de capital entre 8,5 e 10,5 euros por acção, o que vai possibilitar ao banco um encaixe superior a 1,2 mil milhões de euros e uma melhoria no rácio de capital «core» para valores superiores a 7%, de acordo com os analistas do BPI, que vão rever as estimativas para o banco liderado por Ricardo Salgado.

Na sexta-feira o Banco Espírito Santo anunciou que vai vender as 150 milhões de acções resultantes do aumento de capital entre 8,5 e 10,5 euros, um intervalo cujo ponto médio se situa 37% abaixo da actual cotação do banco liderado por Ricardo Salgado.

Considerando os preços de mercado actuais, o BPI refere que o BES vai vender as suas acções com um desconto entre 30 e 44%, significando que o encaixe com a operação, se todas as acções forem colocadas, oscilará entre 1,275 e 1,575 mil milhões de euros.

De acordo com os cálculos do BPI, este aumento de capital poderá colocar o rácio de capital «core» do BES entre 7,3 % e 8,1%, «depois de considerada a consolidação de 50% da Tranquilidade Vida e assumindo um ‘goodwill’ de cerca de 200 milhões de euros».

Uma das razões que levou o BES a anunciar este aumento de capital prende-se com os baixos rácios de capital do banco, com o Core Tier I de 2005 a situar-se nos 4,5%.

O BPI está actualmente a rever as estimativas para o BES, de modo a considerar o aumento de capita e também os novos objectivos de médio prazo do banco. Em breve o BPI vai lançar uma nova recomendação e preço-alvo para o banco de Ricardo Salgado.

Na próxima assembleia geral do BES, 17 de Abril, os accionistas vão deliberar sobre um aumento de capital social de 1,5 para 2,5 mil milhões de euros, que será realizado através da emissão de 200 milhões de novas acções, cada uma com um valor nominal de 5 euros. Destas, 50 milhões serão realizadas por incorporação de reservas disponíveis, na proporção de 1 nova acção por cada 6 detidas.

As restantes 150 milhões são reservadas à subscrição preferencial dos accionistas, sendo que, tendo em conta os preços propostos pelo BES, podem render ao banco um encaixe entre 1,275 e 1,575 mil milhões de euros.

Quando anunciou este aumento de capital, o BES explicou que a operação «tem por objectivo o reforço do posicionamento competitivo em Portugal, bem como o crescimento da actividade internacional do Grupo BES». Já depois o BES anunciou estar na corrida à aquisição do banco espanhol Urquijo, uma operação que os analistas estimam ser necessário um investimento de 600 milhões de euros.

O Espírito Santo Investment e a Morgan Stanley actuarão como coordenadores globais conjuntos e «book runners» conjuntos no aumento do capital social do BES.

As acções do BES fecharam sexta-feira nos 15,05 euros, a subirem 0,07%.

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