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Arlindo Carvalho constituído arguido no caso BPN

O ex-ministro da Saúde Arlindo Carvalho e dois administradores da sociedade Pousa Flores foram constituídos arguidos no caso BPN e serão ouvidos segunda-feira no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), revelou à Lusa fonte ligada ao processo.

20 de Julho de 2009 às 08:13
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O ex-ministro da Saúde Arlindo Carvalho e dois administradores da sociedade Pousa Flores foram constituídos arguidos no caso BPN e serão ouvidos segunda-feira no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), revelou à Lusa fonte ligada ao processo.

Arlindo Carvalho e os dois administradores da sociedade de gestão e exploração imobiliária (Pousa Flores), à qual o ex-ministro da Saúde tem ligações, elevam para cinco o número de arguidos no inquérito ao caso BPN. Os outros dois são Oliveira e Costa, ex-presidente da instituição bancária, e Dias Loureiro, ex-administrador da SLN, que detinha o banco.

Segundo notícias recentes, a empresa Pousa Flores comprou, com crédito do BPN, activos ao grupo Ricardo Oliveira, no valor de cerca de 75 milhões de euros, de 2005 a 2007, numa operação em que o banco assumiu o compromisso de comprar esses activos e que prejudiciou financeiramente a instituição bancária.

Quinta e sexta-feira da semana passada foram realizadas buscas às casas e aos escritórios de Arlindo Carvalho e Dias Loureiro, respectivamente, no âmbito das investigações ao caso BPN, relacionado com gestão danosa e compra ruinosa de empresas, terrenos e acções sobrevalorizados, através de crédito concedido pelo BPN.

A fonte referiu à Lusa que Oliveira e Costa, em prisão preventiva desde 20 de Novembro de 2008, será ouvido terça-feira no TCIC, cabendo ao juiz Carlos Alexandre avaliar se mantém ou não aquela medida de coacção, após um requerimento do advogado do banqueiro para que a mesma seja alterada para uma situação menos gravosa.

Entretanto, o ex-conselheiro de Estado Dias Loureiro recusou-se hoje a falar sobre as buscas à sua residência e escritório no âmbito da investigação ao caso BPN, processo em que foi constituído arguido há mais de duas semanas.

"Não falo sobre isso. Não digo nada", declarou à Agência Lusa Dias Loureiro, quando confrontado com notícias acerca das buscas efectuadas sexta-feira.

No passado dia 01, Dias Loureiro foi ouvido como arguido no DCIAP relativamente a dois negócios, o da empresa Biometrics, em Porto Rico, e o da Redal, concessionária das águas em Marrocos.

O Caso BPN está a ser investigado pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal(DCIAP), chefiado pela procuradora-geral adjunta Cândida Almeida, que no início de Maio havia dito que o ex-conselheiro de Estado seria ouvido "o mais rapidamente possível".

Dias Loureiro já foi ouvido duas vezes em sede de comissão parlamentar de inquérito, tendo os deputados apontado várias contradições e omissões no seu depoimento.



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